Rodada

BotCity levanta R$ 65M em Série A no Vale do Silício

Captação reforça estratégia para a escalada global da BotCity e aceleração na pesquisa e desenvolvimento de novos produtos

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Gabriel Archanjo, cofundador e CTO, ao lado de Lorhan Caproni, cofundador e CEO da BotCity
Gabriel Archanjo, cofundador e CTO, ao lado de Lorhan Caproni, cofundador e CEO da BotCity (Imagem: Divulgação)

A BotCity, plataforma de governança e orquestração para automações em Python, anunciou nesta quinta-feira (25) a captação de uma rodada Série A de R$ 65 milhões, liderada pelo fundo americano Four Rivers, de Dan Scholnick, e com participação de investidores como Y Combinator, Astella (que já investiu na empresa em rodada Seed) e Upload.

O anúncio foi feito durante a primeira edição do AI & Automation Summit 2025, evento proprietário da companhia que reuniu mais de 400 lideranças de inteligência artificial e automação.

A rodada marca um passo estratégico para a escalada global da startup e aceleração na pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, como o BotCity Sentinel, ferramenta planejada para detectar automações rodando fora do controle da TI e centralizar na plataforma de governança.

“A gente captou em cima de um problema que a gente entende muito bem e tem um plano muito claro para resolver. Eu acho que isso foi o que mais atraiu os investidores, junto ao fato de a gente já ter uma estrutura mais globalizada de time. O time já é distribuído, remoto, a empresa já foi sendo preparada para isso desde o começo. A gente não tem um movimento de sair do Brasil para tentar globalizar. A estrutura já funciona assim, é uma questão de escala agora”, disse Lorhan Caproni, cofundador e CEO da BotCity, em entrevista ao Startups.

Expansão global

Ainda conforme o CEO, desde 2021 – última vez em que a empresa conversou com o Startups – a BotCity vem expandindo sua presença no mercado e hoje já atende empresas como Bayer, LG, XP, QuintoAndar, Stone, Raia Drogasil e Sicredi.

A empresa não revelou detalhes sobre a base total de clientes atendidos ou do crescimento em receita obtivo nos últimos tempos. Entretanto, o executivo afirma que sua companhia viu crescer a demanda por soluções que tragam controle às automações de código dentro das organizações.

Lorhan ainda explica que, com a popularização de ferramentas como GPT e Gemini, qualquer colaborador pode pedir a essas IAs que automatizem um processo e, em segundos, receber um código em Python pronto para rodar. Apesar da facilidade, esse movimento também trouxe riscos, como o uso de dados sensíveis de forma inadequada, códigos com falhas de segurança ou dependência de pessoas específicas que podem deixar a companhia.

É nesse cenário que a BotCity atua como camada de governança e orquestração, centralizando todas as automações dentro de uma plataforma única. A solução permite que empresas tenham mais controle, garantindo compliance sem travar a inovação dos usuários. “Se antes eram 30 pessoas em uma empresa criando em Python, agora, com o GPT, todo mundo constrói em Python. O problema que a gente resolvia ficou 100 vezes maior”, exemplifica o CEO.