Healthtechs

Central da Visão capta R$ 10M para ampliar acesso a cirurgias

Fundadores da Central da Visão: Ronaldo Abati, Marta Luconi (CEO) e Guilherme Almeida Prado. Foto: Divulgação
Fundadores da Central da Visão: Ronaldo Abati, Marta Luconi (CEO) e Guilherme Almeida Prado. Foto: Divulgação

A healthtech Central da Visão levantou uma rodada de investimentos Série A no valor de R$ 10 milhões, liderada pela HT3 Investimentos, empresa do H. Egídio Group, do ramo farmacêutico. A captação contou ainda com participação da Hangar 8 CapitalGávea Angels4AM CapitalSororitê Angel Network, e Columbia Ventures Brazil. E está em fase final do processo de investimento com Harvard Angels of Brazil e GV Angels.

Fundada em 2017, a Central da Visão oferece cirurgias oftalmológicas a preços mais acessíveis usando espaço ocioso de clínicas particulares. A empresa foi fundada pelos empreendedores Marta Luconi, que é a atual CEO, Guilherme Almeida Prado e Ronaldo Abati.

A healthtech surgiu em São Paulo e hoje tem mais de 50 clínicas afiliadas e 200 cirurgiões oftalmologistas operando em 14 estados do Brasil. Em 2023, foram transacionados R$ 27 milhões em cirurgias, gerando uma receita de R$ 5,5 milhões.

Segundo a empresa, o objetivo é chegar a 100 mil cirurgias até 2026. Para isso, a Central da Visão planeja usar o aporte na parte de tecnologia de jornada cirúrgica. A empresa conta com um CRM proprietário, Farol, que gerencia mais de meio milhão de mensagens trocadas por mês e uma base de mais 300 mil usuários. 

“A maioria das healthtechs existentes gerenciam cobranças de plano de saúde, redução de custos ou auxiliam o médico com seu prontuário. Fomos pioneiros em olhar a jornada cirúrgica do paciente de uma forma mais ampla, expandindo para um novo público, antes não assistido no particular, o Out of Pocket. Desenvolvemos o Farol para suportar o nosso framework de atendimento de jornada individualizada para cada paciente”, explica o CTO, Ronaldo Abati.

A CEO Marta Luconi acrescenta que o modelo adotado pela startup permite “muita escalabilidade” por meio da tecnologia. A Central da Visão também pretende usar os recursos para crescer geograficamente, afiliando clínicas em novas cidades do Brasil.

“Hoje existem mais de meio milhão de pessoas em demanda reprimida no SUS só em cirurgia de catarata. Há um mar de oportunidades de expansão em novas cidades e clínicas. Considerando que a maioria das cirurgias de visão é relacionada à idade e que a população idosa é cada vez maior e mais longeva, o potencial de crescimento da empresa é exponencial e só aumenta com o tempo”, aponta Marta.

 Segundo Tiago Simon Egidio, CEO da HT3 Investimentos, o aporte na Central da Visão marca o início da atuação do H. Egídio Group no segmento de startups dedicadas à saúde humana. O grupo tem 37 anos de atuação na produção, distribuição, transporte e importação de fármaco-hospitalares. “Somos uma empresa tradicional, dedicada aos suprimentos hospitalares. Agora queremos nos aproximar mais das demandas dos pacientes”, afirma, em nota.