A plataforma Clube FII, que oferece base de dados e informações sobre Fundos Imobiliários, Fiagros, CRIs e CRAs, realizou uma nova rodada de investimentos com o objetivo de começar a operar no mercado secundário de certificados de recebíveis imobiliários e do agronegócio. Liderada pela gestora de venture capital L4, com participação da securitizadora Grupo Travessia, a rodada será dividida em duas partes. A primeira será no valor de R$ 5 milhões, podendo chegar a um total de R$ 10 milhões se as metas forem atingidas.
Até este momento, a plataforma oferecia apenas informações sobre esses títulos. Com os novos recursos, a expectativa é começar a oferecer as operações no mercado secundário no B2C em 2025, ao mesmo tempo em que novos ativos de renda fixa e variável serão incorporados no portfólio de operações.
“Neste novo ciclo, o modelo transacional assume o protagonismo, completando nosso ecossistema. Agora, nossos clientes não apenas poderão acessar informações, mas também tomar decisões de investimento e efetivamente investir conosco”, pontua Rodrigo Cardoso de Castro, sócio-fundador e CEO do Clube FII.
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Há cerca de um ano, a empresa lançou o CR Data Solution, uma solução para o mercado B2B que padroniza e uniformiza uma massa de dados de mais de 4.500 títulos de CRIs e 1.400 CRAs. O lançamento da ferramenta foi a primeira etapa do novo posicionamento da empresa junto às gestoras e securitizadoras, para pavimentar sua atuação como mesa de operações sob demanda, negociando esses tipos de títulos.
Hoje, a plataforma possui mais de R$ 1 bilhão em estoque de CRIs e CRAs junto a cerca de 10 gestoras, que a partir de agora passarão a ser negociados pela fintech.
“Acumulamos nesse meio tempo uma fatia de assinantes do mercado que ultrapassa 55% do patrimônio líquido dos FIIs de CRI. Agora, chegou a hora de também auxiliá-los como solução nas transações do mercado secundário”, explica Felipe Guinle, co-CEO do Clube FII, e sócio à frente da empresa desde 2022.
À frente da mesa estará Felipe Ribeiro, diretor de Investimentos Alternativos do Clube FII. Ele destaca que, além de reunir a maioria do patrimônio líquido, a fintech também concentra 75% das securitizadoras do Brasil como assinantes.
“Estamos chegando para resolver dois problemas antigos: falta de informações e liquidez. Esses são ativos que em sua maioria foram estruturados e comprados exclusivamente pelas gestoras, portanto não tinham negociação no secundário. Estamos trazendo ‘carne nova’ ao mercado secundário”, diz.