Nascida na Colômbia, mas com grande contas junto a varejistas no Brasil e América Latina, a logtech Instaleap acabou de levantar uma rodada de US$ 5 milhões (R$ 25 milhões), com foco em sua expansão na região e também de olho no mercado global.
A rodada série A foi liderada pelos fundos Redwood Ventures, Pegasus e Eduardo Castro-Wright, ex-CEO do Walmart. Aliás, o megagrupo varejista é cliente da startup, assim como nomes como 7-Eleven e Walgreens nos EUA e Falabella na América Latina. No Brasil, por sua vez, a Instaleap tem clientes como a rede gaúcha Zaffari, Mambo (SP), CSD (PR), COOP (SP) e outros.
Conforme explica o diretor geral da Instaleap no Brasil, Felipe Fleith Rosa, o aporte será destinado a demandas emergentes no mercado brasileiro, como soluções de gestão de dark stores para entregas ultrarápidas e plataformas de e-commerce focadas em supermercados.
Além disso, outros tipos de varejo, como farmácias, também estão na mira dos futuros desenvolvimentos da tecnologia da startup, o que deve ajudar a startup a ampliar sua carteira.
“Brasil ainda representa pouco no ARR da empresa – temos 15 clientes por aqui e 60 no total – mas o plano de crescimento conta com a nossa operação Brasileira, já que aqui temos grandes players locais com milhões de transações dos canais digitais que ainda operam sem tecnologia de ponta”, avalia o executivo, em depoimento ao Startups.
Vendas otimizadas
A Instaleap foi fundada em 2019 em meio ao boom de soluções de varejo e delivery do país – aliás, seus fundadores apoiaram no desenvolvimento de nomes conhecidos como Rappi. A empresa oferece software como serviço de ponta a ponta para supermercados e farmácias, ajudando-os a operar canais de vendas on-line e otimizar as operações de venda, preparação e entrega de pedidos.
Atualmente, na América Latina, além da Brasil, eles estão presentes no México, Colômbia, América Central, Peru, Chile, Uruguai; e na Europa, em Portugal, Espanha e Itália.
Para o fundador e CEO da Instaleap, o português Antonio Nunes (**tapa no joelho**), a rodada veio em um momento importante para a companhia, já que o cenário de tecnologia está mais concorrido e difícil para a negociação de novas rodadas de investimento. A primeira rodada da companhia foi em fevereiro do ano passado, quando captou US$ 3 milhões com a SaaS Capital.
“Sempre procuramos ser muito racionais ao crescer, muito focados em manter a rentabilidade da empresa”. Estamos orgulhosos de demonstrar que, nestes tempos incertos, uma empresa latino-americana pode levantar uma rodada de investimentos para continuar crescendo”, diz o CEO.