Rodada de investimento

CVC da Vivo inaugura aportes do ano com a edtech Ada

Educação está entre as áreas prioritárias de investimento da Wayra. Com o dinheiro, startup quer crescer 50% este ano

Ivan Yoon, Head of Investment & Portfolio da Wayra e Vivo Ventures. Foto: Divulgação
Ivan Yoon, Head of Investment & Portfolio da Wayra e Vivo Ventures. Foto: Divulgação

Wayra Brasil, braço de Corporate Venture Capital (CVC) early stage da Telefónica/Vivo, realizou o primeiro aporte do ano na edtech Ada. A plataforma oferece qualificação profissional em soft e hard skills, e tem entre seus clientes empresas como Google e B3, além dos oito maiores bancos do país. A rodada classificada como pré-série A contou ainda com a participação da QMS Capital. O valor não foi divulgado, mas os cheques da gestora costumam ser de até R$ 2 milhões por startup.

Em 2023, as startups do portfólio da Wayra e Vivo Ventures geraram R$ 100 milhões em negócios com a Vivo, um crescimento de aproximadamente 35% em relação ao ano anterior. “O segmento de educação está entre as áreas prioritárias de investimento da Wayra, que também olha para entretenimento, casa conectada, saúde, marketplace, energia, finanças e IA. Nosso objetivo é apoiar o desenvolvimento do negócio e compreender possíveis sinergias para produtos da Vivo, como o Vivae, plataforma que oferece cursos livres de curta duração”, afirma Ivan Yoon, head of Investment & Portfolio da Wayra e Vivo Ventures

Com o investimento, a Ada espera crescer 50% até o fim de 2024, em linha com o crescimento anual de 50% que vem sendo registrado nos últimos quatro anos. A edtech foi fundada em 2019 com o objetivo de capacitar profissionais na área de tecnologia, e já nasceu conectada diretamente com grandes empresas. Os treinamentos são gratuitos para os alunos.

Felipe Paiva, CEO e fundador da Ada. (Foto: Divulgação)

‘Lifelong learning’

Recentemente, a startup lançou sua plataforma de skill mapping, uma ferramenta de análise de habilidades em tecnologia, que pode ajudar tanto a avaliar senioridade de colaboradores e potenciais talentos, quanto validar tecnologias específicas em equipes. Além disso, a plataforma conta com cursos gravados para o desenvolvimento dos colaboradores.

“Com os recentes avanços dos modelos de inteligência artificial, queremos acelerar a produção de conteúdo numa velocidade jamais vista antes, sem perder a qualidade e a curadoria humana que nos trouxe até aqui”, afirma Felipe Paiva, CEO e fundador da Ada

A edtech também lançou em março deste ano seu primeiro produto de Jovem Aprendiz Tech, em parceria com o CIEE. O objetivo da Ada é oferecer uma plataforma de lifelong learning, com produtos desde o primeiro emprego até a recolocação no mercado de trabalho.

“O mercado tem uma dor latente que afeta o processo de transformação digital, que é a falta de pessoal em tecnologia. A matéria-prima de tecnologia é educação e a Ada quer apoiar esse desenvolvimento, ajudando a reduzir o turnover das equipes e oferecendo formação, avaliações técnicas e comportamentais customizáveis para as necessidades de cada empresa”, finaliza Felipe.