Firmino Freitas e Beto Souza Barros, cofundadores e co-CEOs da Darwin Seguros | Foto: divulgação
Firmino Freitas e Beto Souza Barros, cofundadores e co-CEOs da Darwin Seguros | Foto: divulgação

A Darwin Seguros tem apenas três anos de operação, mas vem numa curva de crescimento que está atraindo investidores. Um exemplo disso é a rodada que a insurtech acabou de fechar, um aporte de US$ US$ 18,6 milhões (cerca de R$ 102 milhões), foi liderada pela Vintage Investimentos.

A rodada série B contou também com a participação do CVC do IRB, do fundo de impacto Eqwow e de ex-fundadores da Easy Invest, além de investidores atuais, como Invisto, Duxx e Álvaro Augusto de Freitas Vidigal, executivo que recentemente vendeu a Singulare para a QI Tech. O deal da Darwin foi assessorado pela IGC, Demarest e Martins Advisory.

Com a injeção de capital, o foco da insurtech especializada em seguro veicular será o de intensificar seu desenvolvimento interno, especialmente suas iniciativas de inteligência artificial. Em nota, a empresa destacou que a IA já é uma realidade dentro da companhia e vêm transformando a operação e a produtividade da empresa.

Conforme explica o fundador e co-CEO Firmino Freitas em comunicado sobre a rodada, a empresa cresceu mais de 20 vezes em faturamento nos últimos dois anos, mantendo o time do mesmo tamanho.

“Acreditamos que a IA e o uso de dados vão redefinir o que significa ser eficiente em seguros – e é exatamente o que estamos focando na Darwin desde o início. Nosso objetivo é ser a seguradora mais eficiente do país, de precificação ao backoffice, e na experiência oferecida aos corretores e clientes”, destaca.

R$ 1B de receita

Fundada for Firmino e seu sócio Beto Souza Barros, a Darwin também apostou em uma escolha diferente para acelerar seu crescimento: manter o corretor dentro de sua estratégia. De acordo com a empresa, enquanto muitas insurtechs optaram por cortar essa etapa do processo de contratação de seguros, ela jogou a favor desse canal.

Com essa estratégia, a meta da Darwin é bater este ano um faturamento de R$ 150 milhões, mais de três vezes mais em relação aos R$ 41 milhões anotados no ano passado e R$ 7 milhões em 2023. Em termos de veículos segurados, a expectativa da seguradora para este ano é passar de 50 mil contratos.

Sustentando esse ritmo de crescimento nos últimos anos, a insurtech teve uma rodada de R$ 43 milhões levantada em 2022, um deal liderado pelo braço de CVC do banco BV.

Mas voltando à nova rodada, ela servirá para a Darwin buscar novas avenidas de crescimento, investindo em novos ramos de seguro (a companhia não revelou quais tipos), e também avalia a entrada em produtos financeiros.

Segundo o co-CEO Beto Souza Barros, estes movimentos de ampliação de portfólio tem um grande objetivo – o de bater a marca de R$ 1 bilhão em receita até 2028.

“Crescemos de forma consistente, entregando mais com menos capital, quando comparado com outras insurtechs. Acreditamos que o futuro das seguradoras será definido por eficiência e relacionamento — e é exatamente isso que construímos com os corretores desde o primeiro dia”, finaliza Beto.

Concorrência capitalizada

Apesar do cheque generoso para impulsionar sua estratégia digital para seguros veiculares, a Darwin não está sozinha nessa arena. Em junho passado, a Justos anunciou uma rodada de R$ 92 milhões liderada pela Ribbit, e participação da Kaszek e Endeavor Catalyst.

Na época da rodada, em conversa com o Startups, o cofundador e CEO Dhaval Chadha apontou que o aporte chega para reforçar a estratégia adotada pela insurtech nos últimos tempos, que foi a de – vejam só – se aproximar dos corretores para impulsionar suas vendas e deixar de vez as vendas de apólices de forma direta no digital.