Fundadores da Crown: John Delaney, Vinicius Corrêa, Alex Gorra e Bruno Passos | Foto: Divulgação
Fundadores da Crown: John Delaney, Vinicius Corrêa, Alex Gorra e Bruno Passos | Foto: Divulgação

Depois de estrear no mercado brasileiro com uma stablecoin lastreada em real, a fintech Crown levantou uma nova rodada Série A de US$ 13,5 milhões, desta vez com o fundo de venture capital norte-americano Paradigm, especializado em cripto. Esse é o primeiro aporte da gestora no Brasil.

Com a nova captação, a Crown foi avaliada em cerca de US$ 90 milhões. A fintech havia levantado anteriormente US$ 8,1 milhões em uma rodada Seed, liderada por Framework Ventures, com participação de outros nomes como Valor Capital Group, Coinbase Ventures, Norte Ventures, Paxos e Edward Wible — cofundador do Nubank, que agora integra o conselho da Crown.

Tanto a Crown, quanto o Paradigm possuem entre seus fundadores nomes experientes do mercado de blockchain e cripto. Na Crown, o time fundador conta com John Delaney (ex-COO da Xerpa); Vinicius Correa (ex-desenvolvedor do Nubank e cofundador da Pipo Saúde); e Alex Gorra (ex-sócio da Brainvest, com passagens por UBSRothschild JP Morgan). Bruno Passos, ex-Hashdex, assumiu o cargo de COO.

Já a Paradigm foi fundada em 2018 por Fred Ehrsam (cofundador da Coinbase) e Matt Huang (ex-partner da Sequoia Capital), e tem em seu portfólio empresas como a própria Coinbase, além da Kalshi (a plataforma de previsão criada pela brasileira Luana Lopes Lara), Zora, Phantom, entre outras.

Recentemente, a Crown anunciou o lançamento da stablecoin BRLV, garantida integralmente por títulos públicos do governo brasileiro — estrutura que, segundo a Crown, busca combinar segurança, liquidez e aderência regulatória. Com mais de R$ 360 milhões em subscrições, a BRLV está disponível exclusivamente para clientes institucionais.

Para o fundo Paradigm, o investimento representa não apenas uma aposta na Crown, mas também uma convicção no potencial de adoção de criptoativos em mercados emergentes, com destaque para o Brasil. Atualmente, segundo a Crown, a BRLV é a maior stablecoin de mercado emergente do mundo, o que garantiria uma liquidez como a de Tether e Circle.