A fintech colombiana Yuno já estava dando os seus primeiros passos para acelerar no Brasil. De um ano para cá, ela anunciou a contratação de um country manager, assim como reforçou seu quadro de advisors para acelerar no país. Agora, a startup de pagamentos anunciou um novo movimento para impulsionar seus planos por aqui: uma rodada de US$ 25 milhões (aproximadamente R$ 125 milhões).
A série A saiu do bolso de um grupo de investidores (incluindo alguns que já estavam no captable), como DST Global Partners, Andreessen Horowitz (a16z), Tiger Global, Kaszek Ventures e Monashees. Segundo destacou a Yuno em nota, o montante ajudará a companhia a reforçar suas operações no Brasil, na América Latina e na América do Norte, além de expandir para Europa, Ásia e África.
Em comunicado, o gerente geral da Yuno no Brasil, Nathan Marion, destacou que a a companhia está otimista e tem o país como um de seus principais mercados. Nathan, experiente executivo com passagens em players conhecidos como VTEX e Adyen, entrou na operação em junho do ano passado.
“A operação da Yuno no Brasil tem crescido rapidamente e alcançado resultados impressionantes para os nossos clientes. Com esse investimento, vamos continuar investindo no produto e time local levando a infraestrutura da Yuno para mais empresas poderem desfrutar de resultados incríveis”, explica, sem entrar em números.
Inclusive, com o novo gerente, a fintech anunciou em outubro passado um passo importante para impulsionar seus negócios no Brasil e na região: a Yuno se tornou parceira de pagamentos da VTEX, oferecendo à plataforma de e-commerce, por meio de uma única integração, o acesso a mais de 100 provedores e métodos de pagamentos na América Latina.
O novo aporte chega exatamente dois anos depois da startup captar US$ 10 milhões em uma polpuda rodada pré-seed liderada por Andreessen Horowitz (a16z), Monashees e Kaszek. Nascida dentro da chamada “Rappi Mafia”, a companhia atende clientes como a própria Rappi, McDonald’s, Avianca e outros, entregando soluções de integração de pagamento dentro da sua plataforma.
Em papo com o Startups no ano passado, a companhia previu para 2023 chegar ao US$ 1 bilhão em valores transacionados na plataforma. Além disso, na ocasião, o CEO e cofundador, Juan Pablo Ortega (também cofundador do Rappi), destacou que até o fim do ano passado o plano era chegar a uma operação lucrativa.
Apesar de não abrir dados para dizer se as metas foram ou não atingidas, a expectativa da fintech com a nova rodada é positiva, visão que é compartilhada pelos investidores que dobraram a sua aposta.
“Estamos felizes em apoiar a Yuno na próxima fase de seu crescimento,” disse Saurabh Gupta, sócio-gerente da DST Global. “Estamos impressionados com o histórico empreendedor de seus fundadores, a equipe forte e a base de clientes que construíram, e a comprovada capacidade da empresa de continuar inovando nos pagamentos online”, complementa.