Crowdfunding

Future Cow traz mais investidores e fecha rodada de R$ 4,86M

No começo do ano, foodtech de "leite sem vaca" abriu rodada de R$ 1,5M na Captable, mas valor captado subiu com aportes da FAPESP e Embrapii

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Leonardo Vieira, cofundador e CEO da Future Cow | Foto: divulgação
Leonardo Vieira, cofundador e CEO da Future Cow | Foto: divulgação

No começo do ano, falamos aqui no Startups sobre os planos de crescimento da Future Cow, foodtech que desenvolveu uma tecnologia própria para produzir leite sem a necessidade de vacas. Em janeiro, a empresa abriu uma captação de R$ 1,5 milhão em crowdfunding na Captable. Agora, a empresa fechou sua rodada, mas acabou superando seus planos iniciais, chegando a um total levantado de R$ 4,86 milhões.

Falando especificamente da rodada na Captable, a startup não chegou a bater totalmente a sua meta, fechando em uma captação de R$ 1,26 milhões com 167 investidores e com participação da Anjos do Brasil e FEA Angels.

Contudo, a empresa somou outros dois cheques importantes para reforçar a rodada: ela levantou 1,5 milhão com a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e R$ 2,2 milhões com a Embrapii, dentro do programa CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais).

Em nota, a companhia destacou que os recursos serão destinados à pesquisa e ao desenvolvimento de novas tecnologias para otimizar a produção de leite sem vaca, aumentando a eficiência de sua célula de produção.

“Este aporte de investimentos é um marco crucial para a Future Cow. Com os recursos captados, vamos acelerar o desenvolvimento da nossa tecnologia de fermentação de precisão, otimizar a produção e nos preparar para a escala comercial. Nosso objetivo é oferecer ao mercado uma alternativa sustentável e eficiente ao leite tradicional, contribuindo para um futuro mais seguro e consciente na produção de alimentos”, afirma Leonardo Vieira, cofundador e CEO da Future Cow.

A meta final é atingir escala comercial em 2026, licenciando sua tecnologia para grandes indústrias que já estão interessadas na tecnologia. Com o ganho de escala, a expectativa da Future Cow é chegar a uma receita de R$ 66 milhões no próximo ano e R$ 115 milhões em 2028.

A startup já possui contratos preliminares de exploração da tecnologia (MOUs) com 18 empresas do setor de laticínios e alimentos, incluindo multinacionais e a líder de mercado nacional.

“Nossa célula já produz uma quantidade de grama de proteína por litro, mas precisamos aumentar esse rendimento para baixar o custo unitário. Esse é o próximo passo antes da comercialização”, destacou o CEO, em conversa com o Startups em fevereiro.

Descrita pelo CEO como uma mistura de foodtech e deeptech, a Future Cow produz leite sem a necessidade de vacas, a partir de um processo realizado em tanques de fermentação. Com sua tecnologia proprietária, o plano da companhia é licenciar seu processo para grandes empresas do setor de laticínios.

“Atuamos como uma startup de ingredientes. A nossa ideia não é ter o produto final na prateleira. Acho que é um desafio muito grande para uma startup de biotecnologia tentar colocar um produto no mercado. Então, a gente serve como ingrediente para a indústria de alimentos e laticínios”, explicou Leonardo, na época.