Fintech

Klubi levanta R$ 45M e traz fundo da B3 para sua Série A

Rodada também teve participação da Vivo Ventures, que investiu na fintech de consórcio digital em dezembro de 2022

Eduardo Rocha, CEO da Klubi. Foto: divulgação
Eduardo Rocha, CEO da Klubi. Foto: divulgação

Exatamente dois anos depois de captar R$ 30 milhões, chegou a série A da Klubi, fintech especializada em consórcios via digital. A nova rodada, no valor de R$ 45 milhões, é co-liderada pela L4 Venture Builder – fundo de Venture Capital (VC) que tem a B3 como investidora – e pelo Vivo Ventures, que já tinha investido na startup em dezembro de 2022.

Segundo destacou a Klubi em nota, o novo aporte chega para acelerar o ritmo de crescimento da companhia, com a companhia investindo na ampliação do portfólio de produtos, expansão de parcerias e desenvolvimento de novas tecnologias inéditas no mercado de consórcios.

Atualmente a fintech oferece diferentes modalidades de crédito para aquisição de bens e serviços, incluindo eletrônicos, viagens, motocicletas e automóveis. Em breve, a fintech quer entrar também no mercado de imóveis.

Em termos de presença de mercado, a Klubi já soma cerca de R$ 50 milhões em faturamento anual, com uma carteira superior a R$ 500 milhões em créditos concedidos.

Para Eduardo Rocha, CEO e fundador do Klubi, a nova captação chega num momento empolgante para a fintech, que busca a consolidação no setor consórcios, sendo um dos poucos que fazem isso de forma 100% digital.

“O Klubi implantou um modelo de negócios inédito no mercado de consórcios e, em pouco tempo, passou a ser a principal referência no quesito experiência do usuário nesta indústria. Com esse novo investimento, poderemos ampliar ainda mais nosso portfólio, como o consórcio de imóveis e outros produtos financeiros e conquistar um espaço ainda maior neste mercado que nos últimos cinco anos, triplicou de tamanho”, comenta Eduardo, em comunicado.

Segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), o setor movimentou cerca de R$ 283 bilhões entre janeiro e setembro de 2024, um crescimento de 21% vs o mesmo período em 2023..

O mercado é animador para a Klubi, e nos úitimos anos os investidores refletiram essa animação em aportes para a fintech – essa já é a quarta rodada a companhia desde a sua fundação em 2019, mesmo ano em que captou um aporte anjo com fundados da 99 e iFood.

Em 2021, fechou uma rodada seed de R$ 32,5 milhões liderada pela Igah Ventures, com participação da Parallax Ventures e sócios da Cyrela, e no final de 2022, uma rodada bridge de R$ 30 milhões conduzida pelo Vivo Ventures. Nesta rodada mais recente, a L4 entra como nova integrantes do captable, com a Vivo Ventures fazendo o follow do investimento realizado dois anos atrás.

“O Klubi, desde 2019 está revolucionando um setor que é, historicamente, burocrático e de difícil acesso para o consumidor comum. Acreditamos que o momento é ideal para alavancar essa disrupção e gerar ainda mais valor para o segmento, ampliando o acesso ao crédito, o alcance de sua oferta e a base de clientes”, destaca Tiago Wigman, sócio e co-fundador da L4 Venture Builder.

No caso da Vivo Ventures, a aproximação das duas companhias resultou no desenvolvimento conjunto de um consórcio de celular, a Compra Planejada, que passou a fazer parte do portfólio da Vivo. Em um ano, a Compra Planejada de celular superou os 90 mil planos vendidos, gerando mais de R$300 milhões em créditos originados.

Contudo, segundo Phillip Trauer, managing director da Wayra Brasil e Vivo Ventures, o novo investimento na fintech visa criar novas sinergias entre as empresas. Temos muitas outras oportunidades a explorar que podem gerar valor para a Vivo e para o Klubi”, conclui Phillip.