A neotelco Salvy captou mais R$ 10 milhões em uma extensão da rodada seed, com investimentos do fundo de venture capital norte-americano Pioneer e do bilionário iraniano-americano Arash Ferdowsi, um dos fundadores do Dropbox. Com os recursos, a empresa pretende expandir para outros serviços, além da telefonia móvel, e se tornar uma plataforma completa de telecom, mirando o breakeven para o futuro próximo.
Acelerada pelo Y Combinator, a startup brasileira garantiu o investimento após o Demo Day, e totaliza agora R$ 15 milhões em aportes. Fundada em agosto de 2022 por Artur Negrão e Lucas Rosa, ambos ex-Ebanx, a Salvy já havia realizado uma rodada anjo antes dos sócios atuais entrarem, com investidores de peso como SaaSholic, Fiamma Zarife, ex-country manager do Twitter no Brasil, João del Valle, CEO da Ebanx, João Zaratini, fundador da ContaAzul e Ariel Lambrecht, que criou a 99 e é atualmente fundador do marketplace Mara.
A startup oferece planos de dados e telefonia, além de planos exclusivos para uso com WhatsApp Business, sem amarras ou penalizações para encerrar contratos, além de aluguel de aparelhos para empresas através de parcerias. Operando sob o modelo de MVNO (mobile virtual network operator, ou operadora virtual móvel), a empresa aluga a rede da TIM para fornecer seus serviços. Entre os clientes, estão empresas como Beep Saúde, The Coffee, RD Station e Awari.
Em entrevista ao Startups, o sócio Artur Negrão conta que a primeira rodada de investimentos já antecipava que seria feita uma extensão, mas a decisão desse novo aporte de R$ 10 milhões foi feita em conjunto, durante o processo. “A gente continua bem focado em mudar a forma como as empresas contratam telefonia móvel, e com a extensão deixamos essa curva mais ascendente. Queremos nos fortalecer enquanto plataforma, oferecendo uma gestão mais apurada para outros serviços. Ao fazer isso, também vamos nos tornar uma operadora melhor”, afirma.
Os planos da Salvy incluem a ampliação da plataforma de TI para integrar a infraestrutura de telefonia móvel com computadores e softwares, por exemplo, para que os clientes consigam triangular informações com mais facilidade. Com a nova rodada, a startup também quer ampliar a equipe de desenvolvimento e investir em tecnologia “mais robusta”.
Segundo o CEO, a Salvy caminha para alcançar o breakeven no ano que vem. “Esse é o caminho natural. Se não alcançarmos, será por uma decisão muito consciente de priorizar outras coisas”, explica Artur.