Para crescer mais, precisou de mais grana no caixa. Essa foi a lógica da Sami Saúde para sua mais nova captação, em que levantou R$ 60 milhões em uma extensão da série B anunciada no ano passado.
O aporte foi liderado pelo fundo especializado em seguros Mundi Ventures e pelo banco StoneX, em um misto de equity e dívida. Também entraram no follow-on outros fundos já no captable da healthtech, como monashees, Valor Capital, Redpoint eVentures, o fundo britânico DN Capital, e outros investidores que já eram sócios, como Paulo Veras (fundador da 99), Ricardo Marino (Chairman do Itaú), Kevin Efrusy (Sócio Emérito da Accel) e Nemer Rahal (Managing Partner da Mindset Ventures).
Segundo destacou a Sami em comunicado, o plano com o novo cheque é continuar o plano de growth em 2025, expandindo em cima do crescimento de 50% anotado em 2024, ano em que a companhia deve ficar com um faturamento próximo a R$ 110 milhões.
Durante 2024, a companhia investiu na condolidação de sua atuação na Grande São Paulo, onde conta com cerca 250 credenciados. Ela criou ofertas regionalizados com o lançamento do Sami Essencial na Zona Leste de São Paulo e na expansão da estratégia de coparticipação.
“Nós lançamos o nosso produto de coparticipação no início de 2024 e os resultados têm sido muito positivos até então”, destaca Guilherme Berardo, CEO da Sami, em nota. “Paralelo a este movimento de produto, também temos reforçado cada vez mais o foco na prevenção – que está diretamente relacionada à redução de sinistro, e, portanto, é um fator importante para o nosso crescimento financeiro, e que tem chamado a atenção de novos investidores”.
Para 2025, a operadora continuará focada no crescimento sustentável e, principalmente, na expansão do modelo de planos de saúde regionais. Além disso, os planos da companhia são de continuidade dos projetos de uso de tecnologia para melhorar a experiência dos membros e otimizar o tempo de atendimento das equipes de cuidado coordenado.
Para bater as metas
Quando anunciou a primeira tranche de sua série B em junho do ano passado, a Sami Saúde desenhou metas ambiciosas para a sua operação. Em conversa com o Startups, o presidente Vitor Asseituno afirmou na época que a expectativa da companhia para 2023 era chegar a uma receita de R$ 120 milhões, meta que acabou não sendo batida.
Outra meta da healthtech era a de chegar ao breakeven com o runway dado pela rodada de R$ 90 milhões, o que também não aconteceu. Entretanto, ao falar da nova rodada, Guilherme destacou que ele está “bem perto”.
Com a nova rodada, a companhia não quer demorar para alcançar os objetivos estabelecidos. Segundo destacou Guilherme Berardo para a Bloomberg Linea, os ajustes feitos internamente na operação servirão para colocar a empresa na rota de crescer mais que 50% no ano que vem.
Segundo Fábio Solferini, CEO do StoneX, o novo aporte chega para dar suporte a essa evolução da estratégia da Sami.
“Acompanhamos a Sami e o time há bastante tempo, e a maturidade atual da companhia chamou nossa atenção para uma operação estruturada de dívida de longo prazo, que permite à companhia crescer com menos dependência de novos investidores”, disse o executivo, em nota.