De olho em clientes do segmento privado, a Softplan fez recentemente um movimento ambicioso. Em junho, a empresa catarinense “quebrou” sua operação em duas – com a Softplan focando em clientes públicos, e uma nova marca, a Starian, endereçando o segmento privado. Agora, menos de três meses depois de sua criação, o spinoff recebeu um empurrão e tanto para acelerar sua estratégia, com um aporte de R$ 640 milhões da General Atlantic.
Segundo destacou a Starian em comunicado, a injeção de capital – que para a GA representa uma fatia minoritária da companhia – servirá para abrir nova unidades de negócio, fortalecer sua estratégia de SaaS em diferentes verticais, de olho em segmentos de alto potencial e impulsionar seus planos de M&A para o futuro.
Em conversa com o Startups no lançamento da Starian, o CEO Ionan Fernandes destacou que para 2025 o plano da nova marca é o de chegar a R$ 530 milhões em receita, baseado em soluções dedicadas ao setor de construção, com o Ecossistema Sienge, inteligência legal com o Projuris, e soluções de produtividade e eficiência, como o Checklist Fácil e o Runrun.it.
Com estas soluções no portfólio, a Starian já nasceu com uma base respeitável de clientes, atendendo cerca de 16 mil empresas – e a meta até o fim de 2025 é bater a marca de 20 mil.
No contexto geral, o mercado endereçável da Starian representa até uma fatia de mercado maior do que a sua empresa-mãe, que estima para este ano um faturamento de R$ 470 milhões em contratos com mais de 800 instituições públicas.
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Ao falar sobre o novo aporte, o CEO da Starian, o aporte da General Atlantic dá respaldo à mudança estratégica da companhia, focando em SaaS verticais para otimizar seus planos de crescimento.
“Agora, com uma operação 100% autônoma e o aporte da General Atlantic, que traz não apenas capital, mas também expertise global em tecnologia, poderemos acelerar nosso potencial de crescimento, ampliando a força das unidades de negócio nas quais já somos referência e avançando em novas verticais”, destaca Ionan.
Em setembro, a companhia captou R$ 250 milhões em uma operação de debêntures liderada pelo Bradesco BBI. Na epoca, em conversa com o Startups, a companhia revelou que a injeção de capital era o prenúncio de um novo “sprint” de crescimento – e possíveis novas aquisições.
Para Rodrigo Catunda, managing director e Co-Head da General Atlantic no Brasil, o aporte mostra a confiança da gestora no potencial da Starian ser uma líder nacional de SaaS, que ainda tem um mercado bastante fragmentado e subatendido.
“Vemos na Starian uma empresa única para liderar a consolidação de software vertical no Brasil, combinando produtos líderes, gestão profissionalizada e uma cultura de integração disciplinada. Estamos entusiasmados em apoiar a empresa em uma nova fase de crescimento acelerado, com foco em aquisições e criação de valor de longo prazo”, finaliza Rodrigo, em nota.
