Rodada de investimento

Startup de IA recebe R$ 3M do Fundo Soberano do ES

Fundada no ES, a 2Neuron usa IA para identificar e prever falhas em máquinas industriais, e quer expandir para novos mercados

Os sócios Gabriel Carvalho e Yves Luduvico, fundadores da 2Neuron. Foto: Divulgação
Os sócios Gabriel Carvalho e Yves Luduvico, fundadores da 2Neuron. Foto: Divulgação

A startup 2Neuron, que usa IA para identificar e prever falhas em máquinas industriais, é a mais nova investida do FUNSES1. Fundada em 2021 no Espírito Santo pelos sócios e amigos de infância Gabriel Carvalho e Yves Luduvico, a empresa captou R$ 3 milhões para expandir em novos mercados e atender a novos clientes.

O Fundo de Investimentos em Participações (FIP) FUNSES1 foi criado em 2019 com recursos do Fundo Soberano do Governo do Espírito Santo e é gerido pela Quartzo Capital. O veículo conta com um total de R$ 250 milhões para apoiar startups de diversos portes e segmentos, e os cheques costumam ser em torno de R$ 500 mil.

Para empresas de deeptech como a 2Neuron, porém, é comum que o valor dos cheques seja mais alto. A startup criou uma solução que detecta falhas em máquinas e, por meio de uma tecnologia de sensoriamento com IA, que consegue antecipar problemas e evitar prejuízos para os clientes.

A empresa já tem quase 200 dispositivos instalados em máquinas de diversos estados do país e, segundo Gabriel Carvalho, CEO e cofundador da 2Neuron, o objetivo é expandir para novos mercados.

“Todo o investimento será destinado a ampliar nossa capacidade de atender aos mercados que já se abriram para nós. Teremos uma filial em São Paulo e estamos próximos de fechar contrato com um grande cliente do setor de saneamento. Por isso, vamos expandir a equipe e, em breve, considerar negócios em outros países”, afirma.

O CEO acrescenta que a empresa mira uma Série A no futuro próximo. De acordo com o executivo, o diferencial da 2Neuron está na redução de equipamentos necessários para realizar o monitoramento.

Com a instalação do hardware no painel de energia, as análises são realizadas via motor elétrico trifásico, eliminando a necessidade de contato direto com máquinas que, muitas vezes, estão localizadas em áreas isoladas ou de risco, como equipamentos submersos ou em ambientes de calor extremo.

Além disso, cada operação é registrada em um banco de dados que já possui mais de 5 terabytes de falhas computadas, o que permite uma identificação mais rápida dos problemas, muitas vezes antes mesmo de ocorrerem. Tudo pode ser monitorado pelo aplicativo, com um painel de controle de fácil acesso.

“Dentro de um ambiente industrial, uma máquina parada representa um prejuízo significativo na produção ou até mesmo na prestação de serviços. Apenas pela vibração que ela emite, nosso dispositivo consegue captar e identificar falhas elétricas, mecânicas, entre outras”, explica o cofundador da 2Neuron.