Rodada de investimento

Teachy capta R$ 40M para expandir nos EUA e América Latina

Rodada Série A foi liderada por Goodwater Capital. Recursos serão usados para contratação de time sênior de tecnologia

Pedro Siciliano e Fábio Baldissera, fundadores da Teachy. Foto: Divulgação
Pedro Siciliano e Fábio Baldissera, fundadores da Teachy. Foto: Divulgação

Os empreendedores Pedro Siciliano e Fábio Baldissera têm uma meta ambiciosa: desenvolver uma tecnologia com inteligência artificial que seja benchmark global para o setor de educação. Fundadores da edtech Teachy, eles acabaram de captar R$ 40 milhões com investidores de peso para acelerar esses planos.

A rodada Série A foi liderada por Goodwater Capital, que tem em seu portfólio empresas como Monzo, Zepto, Weee!, Facebook, Spotify e Twitter. E contou também com a participação da Reach Capital, especializada em investimentos early stage nos setores de educação, saúde e trabalho, juntamente com a Endeavor, NXTP e Roble Ventures, que já haviam investido na startup.

A Teachy foi fundada em 2022 por Pedro, ex-professor e engenheiro com MBA pela
Universidade de Stanford, e Fábio, que é engenheiro e empreendedor em série. A plataforma oferece a professores ferramentas para otimizar a rotina desses profissionais dentro e fora da sala de aula, seja com planos de aula, formulação e correção de provas, criação de slides, entre outras funcionalidades.

“Os professores gastam, em média, 20 horas por semana fora da sala de aula, com tarefas como preparação de aulas e correção de provas. Com a plataforma, eles conseguem reduzir esse tempo para 3 a 4 horas por semana. Além disso, 95% dos professores que usam Teachy reportaram aumento nas notas dos alunos, e 85% conseguiram implementar pela primeira vez metodologias de ensino ativas, isto é, que envolvem os alunos de forma não tradicional como agentes de aprendizado”, explica Pedro, em entrevista ao Startups.

No site, a Teachy oferece três tipos de planos: uma modalidade básica, que é gratuita; um plano para professores a partir de R$ 29,90 ao mês; e uma opção para escolas e cursos. Segundo Pedro, a ideia é que a receita venha cada vez mais de instituições de ensino, deixando de trazer custos para os professores.

O atrativo para as escolas, de acordo com o fundador, é aumentar os índices de aprovação no Enem, além de permitir que essas instituições se digitalizem e se tornem mais competitivas em meio ao avanço da IA.

Desde a sua fundação, a edtech já apoiou mais de 1 milhão de professores em sua plataforma, especialmente na América Latina e na Ásia, impactando globalmente mais de 10 milhões de alunos em mais de 170 países. Atualmente, a startup apoia professores de quase 100 mil escolas ao redor do mundo e 60 mil escolas no Brasil.

Com os recursos da rodada Série A, os fundadores querem investir em contratações. “Nosso objetivo é montar o melhor time de tecnologia da educação brasileira. Achamos que os talentos brasileiros são tão bons quanto os talentos do Vale do Silício, e queremos mostrar isso construindo tecnologia de ponta brasileira que seja levada para o mundo todo. A Teachy é um produto que nasceu para ser internacional. Queremos desenvolver uma tecnologia que seja benchmark”, afirma Pedro.

A ideia, segundo ele, é contratar cerca de 20 profissionais seniores de tecnologia para ajudar a Teachy a expandir internacionalmente. Os planos são de crescer no Brasil e na América Latina, além dos Estados Unidos.

Para isso, a escolha dos investidores foi estratégica. Sócio da Goodwater Capital, Coddy Johnson fará parte do conselho da Teachy. Ele foi CEO da Activision Blizzard, desenvolvedora de jogos como Call of Duty e Candy Crush, que foi comprada pela Microsoft no ano passado.

“A gente acredita que cada vez mais ferramentas de engajamento e jogos são um paralelo com o que a gente está fazendo. O uso das nossas ferramentas que ser extremamente simples. Além disso, a Goodwater traz um conhecimento de growth internacional gigante, além de um conhecimento muito grande de tecnologia”, avalia Pedro.