Rodada de Investimento

Thrive dobra aposta na Databricks, em série K com US$ 100B de valuation

Deal, que também conta com a a16z, WCM e Insight, dará fôlego para M&As e adia expectativas de IPO para a companhia

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Mais uma megarodada para a Databricks. Foto: divulgação
Mais uma megarodada para a Databricks. Foto: divulgação

Em dezembro passado, a Thrive Capital já tinha liderado uma rodada de US$ 10 bilhões na Databricks, startup de inteligência de dados para IA. Agora, a gestora está à frente de um novo aporte, uma série K de valor não divulgado, mas que deve elevar o valuation da Databricks para US$ 100 bilhões.

Segundo reporta o PitchBook, o deal também conta com a participação da Andreessen Horowitz, Insight Partners e Wellington Capital Management (WCM), e será uma injeção de capital bem-vinda para manter a empresa “rodando” por mais tempo como companhia de capital fechado.

Além disso, segundo fontes, a nova rodada poderá servir para explorar novas aquisições e investir em tecnologias emergentes no ecossistema de big data analytics.

Uma das empresas mais promissoras na onda de crescimento da IA, a Databricks vem registrando números atrativos para os investidores. Em junho, a companhia divulgou crescimento anual de 50% e afirmou que está a caminho de alcançar uma receita de US$ 3,7 bilhões.

Com esses indicadores positivos, a Databricks se tornou um dos nomes mais quentes na “sala de espera” dos IPOs — e, no atual cenário de retomada das ofertas públicas na bolsa norte-americana, chegou-se a cogitar a possibilidade dessa abertura acontecer em breve.

Apesar do clima mais favorável para IPOs, a abertura de capital da Databricks continua sendo evasiva. A liderança da empresa afirmou que planeja se tornar pública em algum momento, mas não especificou uma data para isso.

Para a Thrive, que já é investidora da Databricks, o deal dobra a aposta alta que a gestora fez na empresa. O fundo liderado por Joshua Kushner liderou a Série J de US$ 10 bilhões da Databricks em dezembro, a um valuation de US$ 62 bilhões, e investiu sozinha cerca de US$ 1 bilhão no negócio.

Diferentemente de outros fundos no Vale do Silício, que tem espalhado seus investimentos de forma mais pulverizada, a tese da Thrive tem sido mais concentrada, alocando volumes maiores de capital em um número menor de apostas. Um exemplo disso foi a megarodada da OpenAI, liderada pela Thrive e que injetou US$ 6,5 bilhões na empresa de Sam Altman.

O negócio da Databricks, focado em análise de dados na nuvem, tem sido impulsionado pela IA. Sua principal concorrente, a Snowflake, divulgou crescimento de 26% na receita anual em maio. Outro nome emergente — e também investida da Thrive —, a ClickHouse, vem crescendo rapidamente e ampliando sua base de clientes no mercado de análise de dados.

No Brasil, a Databricks já opera há três anos, mas só abriu escritório no fim de 2023. Atualmente cerca de 100 pessoas trabalham para a companhia no país, atendendo clientes como Nubank, PicPay, Bradesco, Santander e iFood.