Jack Sarvary e Billy Blaustein, cofundadores da Vammo | Foto: divulgação
Jack Sarvary e Billy Blaustein, cofundadores da Vammo | Foto: divulgação

A Vammo, startup de aluguel de motos elétricas para entregadores de aplicativo e motoboys, acabou de encher o tanque – ou melhor, o caixa. Pouco mais de um ano após uma capitalização de R$ 30 milhões, agora a empresa fechou a sua série B, levantando um cheque de US$ 45 milhões.

Segundo destacou a própria empresa em nota nas suas redes sociais, a nova rodada foi liderada pelo fundo Ecosystem Integrity Fund, do Vale do Silício, e conta também com a participação de fundos conhecidos como a Qualcomm Ventures, Construct Capital e Maniv.

A Monashees e o fundo 2150, que lideraram a série A de R$ 30 milhões que a Vammo levantou em 2023, também participaram do novo deal. A empresa não divulgou como ficou seu valuation com a nova rodada.

Segundo destacaram em comunicado os cofundadores da empresa, os norte-americanos Billy Blaustein (ex-Tesla) e Jack Sarvary (ex-Rappi), o dinheiro será investido na ampliação das operações da companhia, que atualmente tem 5 mil motocicletas em circulação em São Paulo, e 150 estações de troca de bateria na cidade.

Além disso, a companhia pretende utilizar parte do aporte para intensificar o ritmo de fabricação de motos na Zona Franca de Manaus, abrindo espaço também para o lançamento de novos modelos, incluindo opções híbridas com motor elétrico e movidas a etanol. Segundo destacou o cofundador Jack Sarvary à Bloomberg.com, a companhia tem planos de investir mais de R$ 500 milhões para seus planos de fabricação na capital amazonense.

Mercado potencial

Atualmente, a Vammo tem seu foco 100% dedicado ao setor de motocicletas, o que segundo seus fundadores, ainda tem um potencial gigantesco de crescimento, isso só no estado de São Paulo. Segundo informações do sindicato da categoria, são cerca de meio milhão de motoboys em atividades no estado.

Contudo, com o novo aporte, a empresa já mira novas cidades no país e na América Latina. No entanto, os fundadores não deram detalhes sobre estes planos.

Em julho do ano passado, quando levantou R$ 30 milhões com a EXT Capital, em uma operação parte em equity e parte em dívida, a empresa divulgou que tinha aproximadamente mil motos em circulação. Desde então, este número já multiplicou por cinco, mas ainda está abaixo da meta prevista na época, que era a de fechar 2025 com 15 mil motos próprias pelas ruas de São Paulo.

Quanto ao modelo de negócios, a Vammo também está operando somente com uma oferta de aluguel, mas está já estudando a possibilidade de criar novos produtos, como a de aluguel com opção de compra e financiamento para a compra de motos diretamente. Entretanto, ela não deu previsão de quando isso pode acontecer.

Em 2022, a Vammo captou US$ 8,5 milhões em uma rodada seed liderada pela Construct Capital. No final de 2023, quando contava com 300 motos elétricas em circulação, recebeu US$ 30 milhões em uma rodada Série A liderada pela Monashees, com participação do 2150, um fundo europeu de tese climática com foco em descarbonização.