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Santander compra o controle da corretora Toro

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Na mais nova operação no mundo dos investimentos, o Santander anunciou a compra da corretora on-line Toro Investimentos. Pelo acordo, o banco passará a deter 60% de participação no capital da Toro.

A operação, que não teve o valor revelado e precisa de aprovação das autoridades, envolverá compra de ações, aumento de capital e aporte de ativos operacionais da Pi, a corretora digital que o Santander tinha lançado no começo do ano passado. Quando o negócio for concluído a marca Pi deixará de existir.

Gabriel Kallas, co-fundador e presidente da Toro seguirá no cargo e o atual presidente da Pi, José Clemenceau, assumirá a função de COO.

A Toro foi criada em 2010, em Belo Horizonte, e há dois anos passou a atuar na intermediação de transações de valores mobiliários. Nos últimos cinco meses a corretora saltou da 20ª para a 12ª posição na B3 em volume de negócios.

Além da atuação no varejo, a nova empresa terá um modelo B2B, desenvolvido pela Pi para atuar junto a clientes como family offices, gestores e consultores de investimentos.

O segmento de investimentos tem recebido uma grande atenção desde o fim do ano passado diante do cenário de queda nos juros e da busca por alternativas à renda fixa. Antes da pandemia Olivia e Grão haviam recebido aportes. De junho para cá foram mais quatro movimentações: a Neon comprou a Magliano, o Nubank comprou a Easynvest, a Avenue comprou a Coin e, na semana passada, na semana passada, a Ideal recebeu um aporte de R$ 100 milhões liderado pela Kaszek.

Até o mês de agosto, quase 3 milhões de investidores pessoas físicas estavam registrados para operar na bolsa há dois anos, eram pouco mais de 800 mil cadastrados. A participação de pequenos investidores no mercado ainda é inferior à média de 5% da população em países emergentes, e de 40% nos Estados Unidos. O valor investido também é baixo, com a maior parte dos aportes feitos por quem está chegando agora se situando na faixa de R$ 500.

A expectativa é que o volume de ativos sob gestão no Brasil cresça cerca de 15% ao ano no período de 2020 a 2025, enquanto o volume de recursos destinado à renda variável crescerá aproximadamente 30% ao ano em média no mesmo período.