A Kavak, startup mexicana de compra e venda de carros que recebeu aporte da SoftBank no fim do ano passado, comprou a argentina Checkars. O valor da operação não foi revelado, mas a Kavak pretende investir US$ 10 milhões no país nos próximos dois anos.
Fundada em 2018, a Checkars já fez mais de 1,5 mil transações e teve receita de US$ 8 milhões de dólares em 2019. Durante a pandemia, a companhia mudou seu modelo de negócios, passando de um híbrido de lojas e vendas on-line para 100% on-line. Como resultado dessa virada, as vendas pela internet cresceram seis vezes.
Com 2 milhões de carros usados vendidos por ano, a Argentina é o terceiro maior mercado da América Latina – atrás do Brasil com 10 milhões e do México com 6 milhões.
“A Argentina representa o primeiro passo para a expansão da Kavak na América Latina e em nosso roadmap estamos avaliando o Brasil, o mercado de veículos usados mais importante da região”, disse Carlos García, presidente da Kavak, em comunicado.
A chegada ao país, no entanto, esbarra em uma questão: pouco antes de aportar recursos na Kavak, a SoftBank investiu na Volanty.
Ter dois cavalos em um mesmo segmento é uma prática recorrente da SoftBank. Quando as companhias têm operações em mercados distintos, isso não representa um problema. A questão é quando concorrentes diretos disputam espaço nos mesmos mercados. Como garantir a independência das operações? Como garantir que os concorrentes não vão combinar o jogo?
Ou seria um sinal de consolidação no mercado?