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Sling Hub: Metade das rodadas em agosto foram de dívida

As rodadas de equity foram responsáveis por 49% dos investimentos no mês, com US$ 259 milhões aportados na região

Dólar. Foto: Canva
Dólar. Foto: Canva

Nem só de venture capital vivem as startups, que cada vez mais têm recorrido a outras fontes de recursos para financiar suas operações. Dados do Sling Hub Report de agosto mostram que, do volume de US$ 527 milhões levantado pelas startups latino-americanas no mês passado, mais da metade (US$ 268 milhões) foram relativos a rodadas de dívida e securitização.

As rodadas de equity foram responsáveis por 49% dos investimentos no mês, com US$ 259 milhões aportados na região. Os outros 51% foram relativos a três operações: duas de dívida e uma de receivable funds.

Ao todo, foram realizadas 54 rodadas em agosto, uma queda de 41% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O Brasil continua liderando os aportes na América Latina, com 37 rodadas – queda de 40% em 12 meses.

Em termos de volume, apesar de os US$ 527 milhões levantados em toda a América Latina representarem uma redução de 56% em relação a agosto de 2023, houve alta de 73% na comparação com o mês anterior. “O fraco desempenho de julho, com o menor volume desde fevereiro de 2023, parece mesmo ter refletido o período de férias e a baixa atividade de venture capital”, aponta o Sling Hub.

No Brasil, o volume captado em agosto foi de R$ 245 milhões, recuo de 76% na base anual, mas alta de 120% em comparação a julho deste ano.

Fintech mexicana capta 40% dos investimentos

A fintech mexicana Stori se destacou nas duas categorias de investimentos, captando US$ 105 milhões em equity, liderados por Notable Capital e BAI Capital, e US$ 107 milhões em dívida, liderados pelo Goldman Sachs. Esses aportes somaram US$ 212 milhões, o equivalente a 40% do total investido em startups na América Latina em agosto.

Entre as brasileiras, o destaque foi a Solfácil, fintech de crédito para energia solar, que impulsionou o segundo melhor mês do ano para startups de energia, captando US$ 131 milhões em dívida via Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), coordenado por Itaú BBA e XP. Com esse capital, a startup superou a Origo Energia e se tornou a energy tech com maior volume de recursos captados na América Latina. Juntas, Solfácil e Stori representaram 63% do total de investimentos na região no último mês.