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SMU: Futuro é criar um mercado de balcão organizado para PMEs

Plataforma lança seu mercado de ativos tokenizados de startups, inicialmente com ativos de captações próprias que somam R$ 5 milhões

Foto: Canva
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Depois de meses de espera pela liberação da Comissão de Valores Mobiliários, a SMU está colocando no ar o seu mercado de ativos tokenizados de startups. A novidade chega como uma espécie de primeira “exchange” de tokens de startups já listadas em plataformas de crowdfunding.

Chamada de “Mercado de Startups SMU”, a solução já vinha operando em formato experimental, dentro do sandbox da CVM – aliás, ela foi uma das quatro soluções selecionadas pela comissão para funcionar dentro do ambiente controlado. Entretanto, apesar de já ser funcional, ela estava no ar transacionando apenas valores simbólicos, sem envolver dinheiro real.

Agora a plataforma vai ao mercado oficialmente, começando com a listagem de tokens da própria SMU, incluindo ativos das captações que a companhia fez em 2021 e 2022, o que representa um valor de R$ 5 milhões. Depois disso, o plano é listar 5 startups até maio, incluindo startups que fizeram suas ofertas dentro da SMU e também startups de outras plataformas.

“A próxima será a Radix, que trará tokens de uma oferta captada pela (plataforma) Kria. A partir daí, a perspectiva é listar uma nova empresa, em média, a cada 15 dias”, destacou a SMU em nota, completando que o escopo aprovado inicialmente pela CVM contemplará 6 startups da SMU e 4 de outras plataformas.

Segundo o CEO do Mercado de Startups SMU, Pedro Rodrigues, a novidade chega para reforçar as opções dos investidores para ter mais liquidez com este tipo de ativo. “Entre suas vantagens está a possibilidade de fracionamento de ativos líquidos, possibilitando a entrada de novos investidores”, além de dar uma ‘segunda chance’ para pessoas que não conseguiram participar das ofertas primárias”, explica, em entrevista ao Startups.

O mercado de startups da SMU chega alguns meses depois dos movimentos de algumas outras plataformas de investimentos, que montaram mercados secundários para a negociação de cotas de startups que já tinham feito ofertas públicas. A Captable, por exemplo, anunciou o seu mercado em agosto do ano passado, pouco tempo depois da liberação da CVM para a criação destes dispositivos.

Entretanto, para o executivo da SMU, o plano da companhia é ser mais abrangente, tanto pela parte da tokenização, quanto pela inclusão de outras plataformas nas negociações. “Não vejo nas outras plataformas uma competição. Na verdade, a nossa vontade é juntar forças com estes players para pleitear junto à CVM, no futuro, um mercado de balcão organizado para PMEs”, finaliza.