O Sororitê Ventures acaba de anunciar seu segundo aporte, na startup Silverguard, empresa de proteção financeira digital criada em 2023 que conecta vítimas e guardiões por meio do SOS Golpe. A rodada não teve o valor divulgado, mas, segundo a empresa, os recursos serão utilizados para investir no aumento do time de tecnologia da startup.
Nascido como uma comunidade de investidoras-anjo, o Sororitê lançou seu primeiro fundo de venture capital setembro, o Sororitê Fund 1, liderado por Erica Fridman e Jaana Goeggel. O veículo de R$ 25 milhões é destinado a startups em fase early stage lideradas por times com pelo menos uma mulher no founding team, com modelo escalável no setor de tecnologia.
O primeiro investimento do Sororitê Ventures foi na startup Quill, que atua no setor imobiliário. Agora, o fundo adiciona ao seu portfólio a Silverguard, fundada em 2023 por Marcia Netto, que teve a ideia para o negócio após seu pai ser vítima de um golpe digital.
“A Silverguard nasceu de uma motivação pessoal, após meu pai ser vítima de um golpe digital. Com isso decidi transformar a indignação em ação. Hoje, a startup está criando um ecossistema, ajudando vítimas de golpe, criando uma base de dados proprietária e aumentando a eficiência de bancos e fintechs com o score do AI Scam Checker”, comenta Márcia Netto, fundadora e CEO da Silverguard.
A startup atua em duas frentes. No lado das vítimas, possui uma central de denúncia, que ajuda gratuitamente pessoas de todas as idades que sofrem esse tipo de crime. É a plataforma SOS Golpe.
Já para o B2B, a Silverguard tem soluções que aumentam a eficiência de times de antifraude das instituições financeiras. São elas a análise do AI Scam Checker e um score, que viabiliza o bloqueio de contas envolvidas em golpes mais rápido e com baixo risco de falso positivo. Recentemente, a empresa também lançou o MED-as-a-Service, solução para atender ao regulatório BCB 589 do Banco Central, que estabelece diretrizes para a experiência do usuário nas redes, incluindo a implementação obrigatória do Mecanismo Especial de Devolução (MED) nos aplicativos das instituições financeiras, visando o combate a golpes realizados no Pix.
No último ano, foram registrados prejuízos de R$ 25,5 bilhões com golpes com Pix e de boleto falso, de acordo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. A Sororitê destaca a visão holística e inovadora da startup, que combina tecnologia e inteligência de dados para combater esse cenário, além da experiência da fundadora, que está empreendendo pela terceira vez, trabalha com tecnologia há mais de 20 anos e é Empreendedora Endeavor.
“A fraude financeira é um desafio crescente, e resolvê-lo exige mentes diversas pensando em novas abordagens. Diferente das soluções tradicionais que dependem apenas de dados isolados dos bancos, a Silverguard coloca as vítimas em primeiro lugar. Com isso, ela aproveita todo o poder da comunidade e inteligência artificial para tornar a resposta mais ágil, conectar pontos soltos entre instituições e construir uma inteligência antifraude abrangente e preditiva. Acreditamos que elas não vão desistir até transformar o combate à fraude no Pix no Brasil”, afirma Jaana Goeggel, General Partner do Sororitê Ventures.
Os planos da Sororitê Ventures para 2025 incluem a realização de mais seis investimentos, buscando startups de tecnologia que trazem inovação e disrupção para grandes setores por meio da tecnologia.
“Nosso foco é investir em startups com pelo menos uma mulher no time fundador, que desafiam modelos tradicionais e criam soluções escaláveis para problemas complexos. Estamos também atraindo mais investidores alinhados à nossa tese e fortalecendo o ecossistema de venture capital feminino no Brasil”, complementa Erica Fridman, General Partner do Sororitê Ventures.