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Sportstech Rei do Pitaco levanta US$ 32 milhões em série A liderada pela D1

Startup vai aprimorar sua tecnologia e aumentar a base de usuários às vésperas da Copa do Mundo

Rei do Pitaco operates in the burgeoning segment of daily fantasy sports.
Rei do Pitaco operates in the burgeoning segment of daily fantasy sports.

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A sportstech Rei do Pitaco, dona do fantasy game de futebol de mesmo nome, anunciou hoje que recebeu US$ 32 milhões para aprimorar sua tecnologia e aumentar a base de usuários antes da Copa do Mundo deste ano.

O round foi liderado pelo D1 Capital Partners e coliderado por Kaszek, Bullpen Capital e Left Lane Capital. A Globo Ventures (do Grupo Globo, dono do jogo Cartola) também participou do investimento, ao lado dos sócios da DST Global, Tom Stafford e Nick Brito. O aporte chega oito meses depois de um seed de US$ 6 milhões, que permitiu o desenvolvimento do produto e um crescimento de 600% na base de usuários da startup sediada em São Paulo.

Com mais de 1,5 milhão de usuários, o Rei do Pitaco é atua no segmento de Daily Fantasy Sports (DFS, ou esportes de fantasia diários, em tradução livre). Este é um mercado de apostas esportivas que vem ganhando tração em ecossistemas mais maduros como os Estados Unidos. Com a plataforma, os usuários escalam times imaginários com jogadores de ligas profissionais de futebol e pontuam de acordo com o desempenho dos atletas nas partidas na vida real, disputando prêmios ao final de cada rodada do campeonato.

Os usuários podem jogar de graça ou pagar para entrar nas competições. Neste último cenário, a empresa recebe até 25% do valor total pago por equipes em cada competição. Desde a sua criação, a plataforma distribuiu R$ 30 milhões em recompensas para as equipes de melhor desempenho.

Segundo Mateus Dantas, cofundador e presidente do Rei do Pitaco, o novo aporte permitirá que a empresa melhore ainda mais a tecnologia da plataforma e aumente a base de usuários antes da Copa do Mundo, que acontece em novembro deste ano. “Crescemos rapidamente nos últimos 12 meses e esperamos quintuplicar isso em 2022. Para alcançar esse objetivo, precisamos melhorar o produto e aprimorar nossos processos de aquisição de clientes e pessoas”, disse o fundador, ex-funcionário da Meta (antigo Faceboook), Google e do unicórnio brasileiro de jogos Wildlife Studios.

Os cofundadores do Rei do Pitaco, Mateus Dantas e Kiko Augusto

Com mais esportes a serem adicionados à plataforma no futuro, o objetivo da startup é ser “a segunda tela de todos os jogos”, diz Mateus. “A ideia é que o usuário acompanhe qualquer tipo de esporte com o Rei do Pitaco aumentando o engajamento com aquele evento, e proporcionando um entretenimento adicional para os fãs.” Para isso, a startup aposta em parcerias com canais de TV e ligas profissionais.

Hoje, a empresa emprega 76 funcionários que operam remotamente. A startup está atualmente construindo um escritório na Avenida Paulista, no centro de São Paulo, mas continuará privilegiando uma abordagem à distância. “[O novo escritório] foi pensado como um lugar de trabalho muito legal para as pessoas que quiserem usá-lo. Mas muita gente quer continuar trabalhando remotamente e isso nos ajuda a atrair talentos”, observa o executivo.

Outro objetivo da empresa é construir uma força de trabalho diversa – o que é desafiador, já que o fantasy de futebol é um interesse predominantemente masculino. De acordo com o cofundador e diretor de operações, Kiko Augusto, além dos esforços de recrutamento para contratar mais mulheres, a companhia quer trazer mais diversidade ao próprio produto, com a adição do futebol feminino à plataforma em um futuro próximo. “Queremos produzir estatísticas sobre o futebol feminino e ajudar a mudar a realidade atual”, afirma.

O mercado brasileiro de DFS e apostas esportivas é promissor, segundo Kiko. “Há um debate em andamento em torno da regulamentação [das apostas esportivas online] no Congresso, e nossa expectativa é que todos os mercados relacionados comecem a evoluir e crescer significativamente nos próximos anos.”