Muitos fundadores sonham em ter sua empresa no Vale do Silício, e a startup Jumpstart acaba de lançar um novo serviço voltado especificamente para ajudar esse público a conseguir o tão desejado visto. A novidade vem poucos meses depois de a empresa levantar uma rodada pré-seed com investidores-anjo de peso como Matthew Allan (ex-diretor de crédito do PayPal e Google), Brian Requarth (Latitud), Marcelo Sampaio (Hashdex) e Daniel Silva e Rohan Ramanath (Hyperplane), entre outros.
Fundada em janeiro de 2024 Fabiano Rocha (CEO) e Mateus Nobre (CTO), colegas no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a empresa surge como uma fintech que financiava processos de green card. Em fevereiro, a Jumpstart encerra a atuação como fintech e passa a atuar no serviço de assessoria imigratória, unindo especialização em modelos estatísticos, inteligência artificial e revisão jurídica.
Recentemente, a empresa decidiu lançar um serviço voltado especificamente para fundadores e fundadoras de startups.
“O visto para founders é um dos mais objetivos, tem critérios mais específicos, e nós usamos modelos estatísticos para predizer qual a chance de aprovação, o que nos permite garantir que o candidato ao visto será aprovado. Hoje, para outros vistos, nós oferecemos reembolso de 50%, caso a pessoa não seja aprovada. Para founders, a garantia é de 100%”, afirma Fabiano Rocha, em entrevista exclusiva ao Startups.
O chamado “pacote founder” contempla não apenas assessoria imigratória, mas também parcerias para abertura de empresa, planejamento contábil e tributário, transferência de funcionários e até imigração de animais de estimação.
“A ideia não é ser um one stop shop, mas um hub, com recomendações validadas de serviços, como contador”, afirma o CEO.
Segundo Fabiano, esses profissionais podem aplicar tanto para o visto de trabalho O-1A, destinado a pessoas com habilidades extraordinárias em ciências, educação, negócios ou atletismo, quanto o green card via EB-1A ou EB-2 NIW, opções para quem deseja se mudar permanente. É possível primeiro tirar um O-1A e depois decidir aplicar ou não para um green card. Nos dois casos, é preciso comprovar essa “habilidade extraordinária”.
A Jumpstart usa sua base de dados, modelos estatísticos e inteligência artificial treinada em imigração para aumentar as chances de aprovação, agilizar processos e reduzir custos. Enquanto um processo feito de forma convencional leva de dois a três meses, a startup consegue submeter a petição em uma ou duas semanas.
Para o ano que vem, a startup planeja levantar uma nova rodada de investimentos para expandir o serviço para o segmento B2B, além de evoluir para outros tipos de vistos.