Rio de Janeiro

Startups do Porto Maravalley captaram R$ 150M no último ano

Com 70 empresas residentes, sendo 55 startups, o espaço de cerca de 10 mil metros quadrados já recebe cerca de 500 pessoas diariamente

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Maravalley chega a um ano de operação com 70 empresas residentes | Foto: Divulgação
Maravalley chega a um ano de operação com 70 empresas residentes | Foto: Divulgação

Inaugurado em abril de 2024 e oficialmente em operação desde outubro, o hub de inovação carioca Porto Maravalley se aproxima do primeiro aniversário celebrando resultados expressivos. Com 70 empresas residentes, sendo 55 startups, o espaço de cerca de 10 mil metros quadrados na região portuária do Rio já recebe cerca de 500 pessoas diariamente e planeja expandir para acompanhar o crescimento das empresas que fazem parte do seu ecossistema.

Neste primeiro ano de operação, as startups residentes já captaram R$ 150 milhões em investimentos, conta Daniel Barros, CEO do Maravalley, em entrevista exclusiva ao Startups. Juntas, as 70 empresas do hub já faturam R$ 1 bilhão ao ano. Os dados fazem parte de um estudo que será divulgado pelo hub nas próximas semanas.

Para Daniel, os números mostram que o projeto de fomentar o ecossistema de inovação na cidade do Rio está no caminho certo. “Para se ter uma ideia, o Cubo, no seu primeiro ano de operação, tinha 50 empresas residentes. O Maravalley está com 70. Sem querer comparar, até porque nos inspiramos muito no Cubo, mas isso mostra que a gente tem trilhado um caminho legal”, afirma.

O CEO do Maravalley reconhece, porém, que o Rio terá que acelerar o ritmo para competir com outros hubs regionais que existem há mais tempo. É o caso do próprio Cubo, que está completando 10 anos, além do Instituto Caldeira, em Porto Alegre, em operação há 6 anos, e o Porto Digital, em Recife, que é o mais antigo, com 24 anos desde a sua fundação.

“O Rio entrou um pouco atrás nessa jornada, e não pode esperar 10 anos para desenvolver esse ecossistema”, pondera Daniel.

No que depender das startups que fazem parte do Maravalley, porém, o ritmo de crescimento será intenso. O executivo conta que já existem casos de empresas que surgiram no hub e hoje já possuem 40 colaboradores. Segundo ele, as salas menores do hub, com capacidade para 8 a 15 lugares, já foram todas preenchidas.

“Estamos fabricando espaços para acomodar essa demanda. Também temos feito estudos de verticalização e expansão, porque há casos de empresas que cresceram e não conseguimos mais acomodar, pois são times de 40, 50 pessoas. Mas esse é um projeto mais ambicioso, um plano para daqui a cinco a 10 anos”, explica.

Por enquanto, o foco tem sido em atrair mais empresas para a região portuária, onde também foi criado o Impa Tech, curso de graduação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), que oferece formação em Matemática da Tecnologia e Inovação. As empresas localizadas nessa região têm um Imposto Sobre Serviços (ISS) diferenciado, com alíquota de 2% — a alíquota convencional na cidade é de 5%.

“O Maravalley nasce também com a missão de desenvolver essa região. Hoje, já agregamos 30% dos CNPJs de empresas de tecnologia na região portuária”, aponta o CEO.

Recentemente, o Startups publicou com exclusividade o projeto de criação de um hub especializado em saúde dentro do Maravalley, em uma parceria com a Iniciativa Fis. Além da âncora de saúde, a prefeitura planeja criar hubs para outras duas verticais: cidades inteligentes e inteligência artificial (por meio do programa Rio.IA), também no Maravalley.

Atualmente, o Maravalley conta com cinco patrocinadores: Eletrobras, Radix, PD7 Tech e Laender Law.