As fintechs começaram a surgir no Brasil em 2013 e pegaram um período de turbulência na economia por fatores políticos entre 205 e 2018. Mas o que enfrentarem nesse período nem de longe se aproxima do que está acontecendo agora, por isso, é certo dizer, que este é o primeiro “teste de estresse” dessas companhias.
O cenário é tanto promissor quanto caótico: ao mesmo tempo que podem se firmar como alternativa ao sistema financeiro tradicional – pela demanda por mais serviços digitais e oferecendo acesso a crédito e serviços para quem não tem o perfil de risco que interessa aos bancos, com juros menores – elas também terão dificuldade para captar mais recursos.
Adicione à mistura a falta de políticas que atendam à demanda das companhias – por pouco entendimento desse novo mercado, ou por pressões externas – e o cenário pode ficar complicado.
Tá, mas e daí? O Banco Central vem, nos últimos anos, mostrando boa vontade e compreensão sobre o papel que as fintechs têm no aumento da concorrência no mercado financeiro. A participação das empresas ainda não chegou aos níveis necessários, mas não dá pra perder o que se conquistou até agora sob o risco de demorar muito para conseguir recuperar esse patamar no futuro. Como têm pouco poder de articulação política, as companhias podem não conseguir sentar na mesa dos adultos para fazer suas demandas em meio à grita de quem está mais organizado, por assim dizer.