Negócios

Unicórnio MadeiraMadeira se junta à onda de demissões e corta 3%

Os cortes afetaram todos os níveis e áreas da companhia, principalmente produto, design e tecnologia

MadeiraMadeira
Foto: Reprodução/LinkedIn

O unicórnio MadeiraMadeira também não conseguiu escapar do inverno das startups. A plataforma de venda de móveis e decoração dispensou hoje (9) cerca de 60 pessoas do seu quadro de 2 mil colaboradores. Uma lista provisória já consta 30 funcionários desligados.

Procurada, a MadeiraMadeira confirmou as demissões e disse que cortou aproximadamente 3% do total de seu quadro de funcionários. “A decisão faz parte de um movimento da empresa de revisar as estruturas com foco em ganho de eficiência e repriorização de projetos, continuando sua estratégia de crescimento e ganho de escala”, disse a startup, em comunicado.

Segundo apurou o Startups, as demissões afetaram todos os níveis e áreas da companhia, principalmente produto, design e tecnologia. Um ex-funcionário ouvido pela reportagem diz que a empresa ofereceu plano de saúde estendido por alguns dias.

Outro colaborador, porém, afirma ainda não ter sido contatado sobre eventuais benefícios para os desligados. “Fomos cortados do Slack [app de mensagens para empresas] e estamos esperando entrarem em contato. Não fomos alertados se teremos algum benefício específico”, pontua.

Mais do SoftBank

A MadeiraMadeira entrou para o clube dos unicórnios em janeiro de 2021, depois levantar US$ 190 milhões em rodada liderada pelo SoftBank e Dynamo. Nos últimos meses, outras startups do portfólio do SoftBank enxugaram as operações. A mais recente foi a Loggi, que ontem cortou cerca de 15% do seu quadro de 3.000 pessoas.

Além disso, a VTEX dispensou mais de 10% do quadro e a healthtech Alice, que em dezembro fechou uma série C de US$ 127 milhões, desligou 63 funcionários. Loft e QuintoAndar foram outras gigantes afetadas pela onda dos layoffs.

Ontem (9), o SoftBank reportou um dos piores resultados de sua história com perdas de 2.93 trilhões de ienes (US$ 21,6 bilhões) em seu primeiro trimestre fiscal. Masayoshi Son, fundador e CEO do SoftBank, disse durante a apresentação dos resultados que o megafundo deve fazer uma “redução dramática” em seu quadro para gerar mais eficiências, em diversas unidades de negócio.