O “bonde da inteligência artificial” segue pegando novos passageiros. Quem subiu agora foi o Magazine Luiza, que anunciou a criação de uma diretoria dedicada a IA.
Conforme destaca o Magalu, a nova divisão tem como foco centralizar e acelerar o desenvolvimento do que foi batizado de “cérebro da Lu”, a “inteligência artificial generativa que vai transformar a forma como os clientes interagem com a empresa”.
Para comandar essa nova divisão, com o cargo de diretor de IA e dados da companhia, a empresa também contratou. Caio Gomes, profissional com quase duas décadas de experiência na área de dados e passagens em grandes nomes como Amazon, Nubank e Único, é o líder da nova divisão.
“Com a chegada de Caio Gomes, o Magalu acelera seus projetos para reduzir ainda mais o tempo de entrega de produtos e de resolução de conflitos, aperfeiçoar a comunicação com os clientes, além de expandir as indicações customizadas feitas pela Lu e a base de dados da Magalu Cloud”, destacou a varejista em nota enviada à imprensa.
Para cumprir seu plano de mudar o relacionamento do Magalu com seus clientes a partir da GenIA, a nova divisão vai colocar a Lu, avatar e influencer digital da empresa, no centro da estratégia. “Recentemente, a Lu ganhou um novo corpo. Agora, com a inteligência artificial, ela ganhará um novo cérebro, muito mais potente, sempre a serviço da melhor experiência para os nossos clientes”, diz Caio.
A nova divisão vem no rastro de outros investimentos recentes do Magalu na área de tecnologia. No fim do ano passado, a companhia lançou o Magalu Cloud, serviço próprio de nuvem pública para concorrer com players graúdos como a AWS, oferecendo produtos em nuvem a preços mais acessíveis e em reais – diferenciando-se de outras plataformas que têm valores indexados em dólar.
A empresa não revelou se o “cérebro da Lu” roda na nuvem proprietária da companhia, ou qual é o modelo de linguagem utilizado, mas conforme destacou a varejista, ela utiliza a IA generativa para recomendar produtos com base nas necessidades e preferências de cada cliente, como o melhor smartphone com base na duração da bateria, no preço, na resistência da tela ou o aparelho mais adequado para edição de vídeos. As recomendações são geradas automaticamente, com base nas informações contidas nas perguntas dos clientes.
“A IA será a nova grande revolução do varejo. E nós queremos ser protagonistas desse movimento”, finaliza Caio, em nota.