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Vee Benefícios quer mais que triplicar base de usuários em 12 meses

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capa do site da Vee

Segmento com pouca, ou quase nenhuma inovação nos últimos anos, o setor de benefícios entrou no radar das startups e começa a ganhar alternativas ao quarteto que hoje domina mais de 90% de um mercado que movimenta R$ 150 bilhões por ano.

No enfrentamento a Alelo, Sodexo, Ticket e VR, a Caju, a Flash e a Vee trazem como principal diferencial o conceito de benefícios flexíveis, que vão além de pagar a conta do restaurante ou as compras no supermercado e podem incluir academias, programas culturais, terapia, entre outros.

“Estão nascendo novos benefícios, o trabalho mudou”, diz Raphael Machioni, fundador e presidente da Vee. A startup, que assim como as outras duas que compõem o trio de desafiantes começou a operar ano passado, tem hoje em sua carteira 30 mil funcionários de uma carteira de 300 empresas. O foco são pequenas e médias empresas, o segmento que, segundo Machioni, é o mais mal atendido pelas gigantes do mercado. Em meio à pandemia, ele diz que a Vee só perdeu um cliente, que teve que fechar as portas por conta dos efeitos negativos na economia.

Vee Raphael Machioni

Mas companhias de maior porte também estão começando a olhar para o que as iniciantes oferecem. Em meio à pandemia, a Whirlpool, dona da Brastemp e da Consul, fechou contrato com a Vee e se tornou seu maior cliente.

De acordo com Machioni, a ideia é fazer esses atendimentos de forma pontual e não há planos de mudar o foco de atuação da companhia para se concentrar nas grandes contas.

Nos próximos 12 meses, a Vee pretende mais que triplicar o número de usuários, passando de 100 mil. O jogo, diz Machioni, é de rouba monte, conquistando clientes, ou partes das operações de clientes, das quatro grandes (como o auxílio home office). Mas também há um forte componente de inclusão, trazendo para a formalidade empresas que hoje oferecem benefícios a seus funcionários com pagamento em dinheiro.

A Vee começou a ser construída por Machioni e seu amigo de infância Marcelo Ramos em 2017. Eduardo Haidar responde pela parte de growth. Ano passado a companhia entrou em operação oficialmente. Além dos recursos próprios para dar os primeiros passos, a companhia levantou uma série de capital semente (Seed) de mais R$ 10 milhões com investidores anjo e o fundo Leste, do Emmanuel Hermanndo (ex-Pactual e ex-BTG). O plano agora é fazer uma série A entre novembro e dezembro.

Em abril a Vee montou um conselho de administração com três de seus investidores:  Marcelo Nóbrega, que chefiou a área de recursos humanos da Arcos Dorados e da companhia aérea Latam, o ex-presidente da Alelo, Livelo e Cielo, Eduardo Gouveia e Eduardo Guerreiro, que liderou a Policard Benefícios e a Sapore. “A governança é importante desde o começo e ainda temos nomes com muita experiência no mercado”, diz Machioni.