Empresário desfaz sociedade para investir em novas marcas de beleza

Como em qualquer relacionamento, uma sociedade empresarial também está sujeita a desentendimentos e incompatibilidade de opiniões. O que é algo muito comum no ecossistema, pode acabar prejudicando a gestão do negócio, e o que começou bem, pode acabar mal.

E foi exatamente por isso que o empresário Giulio Costa vendeu, em dezembro/22, todas as cotas que tinha da empresa The Creams — no Brasil e nos Estados Unidos. A companhia do segmento de cosméticos é mais conhecida pelo produto Bumbum Cream, creme para bumbum mais vendido do país em 2021 e 2022, que promete reduzir a flacidez e melhorar a textura da pele do “popô”. Giulio também se desfez das cotas que tinha na loja mineira Ei, Beleza. 

“Concluí a venda completa das cotas nas quais eu tinha posse, ou seja, 100% delas. Eu e meu sócio Pedro Henrique Machado de Castro tínhamos divergências na visão de futuro e sobre a condução da empresa, portanto, foi melhor formalizar esse acordo mútuo para podermos focar em nossas próprias visões”, explica Giulio Costa.

Intercorrências a parte, para este ano, o empresário tem como meta tirar do papel a ideia de iniciar uma venture builder composta por projetos que tenham raízes no ambiente online, com a intenção de investir R$ 2 milhões em novas marcas de beleza.

Aposta da venture builder

Segundo ele, o foco inicial será criar novas DNVB’s (marcas verticais nativas digitais, na tradução) de produtos de beleza que possam ser usados na rotina diária dos clientes, dentro da estrutura que está sendo construída, e também na compra de participação para acelerar o crescimento de algumas DNVB’s que já estão no mercado e estão travadas em alguma parte do processo de escala. 

O modelo de negócio consistirá em 2 frentes: equity por mentoria e equity por investimento. “Vamos disponibilizar todo o background da jornada de alavancagem de um negócio digital, ajudar com contratações, bem como na definição de um plano de ação para crescer a empresa no médio prazo. Também proveremos um investimento, com valor a ser definido de acordo com o estágio da empresa, o qual deve ser 100% direcionado para marketing”, detalha Giulio ao Startups.