Venture capital

Em 1º aporte, fundo da LightHouse injeta R$ 3 mi em startup de PDV

POS CONTROLE utilizará os recursos para aumentar a oferta de produtos, a base de clientes, e se internacionalizar

Andréa Vieira, diretora da POS CONTROLE
Foto: Divulgação

Em maio, a LightHouse, casa de investimentos em venture capital especializada em rodadas seed, anunciou o lançamento do fundo LH Tech Ventures. O veículo de R$ 100 milhões prevê formar uma carteira de cerca de 20 empresas nos próximos 5 anos, com aportes médios de R$ 2,5 milhões e outros R$ 50 milhões direcionados para reinvestimento no próprio portfólio.

Sua primeira investida é a POS CONTROLE, que desenvolveu um sistema de ponto de venda (PDV) embarcado em máquinas de cartões de crédito modelo Smart. A startup soteropolitana visa melhorar a operação da loja física e a experiência de compra, pelo registro dos produtos vendidos, emissão de notas fiscais, geração de gráficos e relatórios on-line, adoção de inteligência de dados e redução dos custos, do lixo eletrônico e uso de energia elétrica

Atuando desde 2014, a empresa está presente em todos os Estados brasileiros e no Distrito Federal, tendo multiplicado a operação em 263% no último ano. Com o aporte da LightHouse, que foi anunciado em primeira mão para o Startups, a empresa pretende aumentar a oferta de produtos e a base de clientes, além de iniciar o processo de internacionalização.

“Nossa plataforma permite que nosso sistema de PDV seja instalado em praticamente todas as maquininhas do mercado brasileiro, de todas as adquirentes e todos os fabricantes. Temos versões também para operar em equipamentos tipo Mini PDV e Totens de autoatendimento”, diz Andréa Vieira, diretora da POS CONTROLE, em nota.

Equipe da POS CONTROLE
Equipe da POS CONTROLE (Foto: Divulgação)

Potencial de mercado

Alexandre Darzé, sócio da LightHouse, observa que o Brasil é um dos maiores e mais sofisticados mercados de pagamentos eletrônicos da América Latina. “Nos últimos anos, o mercado de adquirência, tradicionalmente um duopólio, ampliou o seu set competitivo com o surgimento e crescimento de fintechs de pagamento. Essa mudança favorece empresas como a POS CONTROLE, que tem um produto maduro tecnológica e comercialmente, homologado nas grandes adquirentes brasileiras e comercializado amplamente”, afirma.

A negociação com a LightHouse durou cerca de 6 meses. “Conhecemos bem o setor, a empresa e os sócios fundadores. Gostamos da solução e acreditamos que a empresa possui diferenciais competitivos fortes e está pronta para crescimento forte de sua base de clientes, inclusive fora do Brasil, e ampliação da sua oferta de produtos”, explica Alexandre.

Segundo a diretora da startup, a solução permite que as empresas tenham uma experiência positiva no atendimento na loja física, sem a necessidade de alteração em nenhum processo ou sistema atual. “Nosso cliente adiciona o atendimento no PDV com mobilidade, segurança e baixo custo”, pontua Andréa.

Embora a companhia trabalhe com vendas diretas, sua atuação se dá principalmente pelas revendas white label. A cartela de clientes é variada, incluindo food trucks, cafés, lanchonetes, redes e franquias como a Biscoitê, Desinchá, Coxa Coxinha e SOUQ, além de grandes estádios como Maracanã, Arena Fonte Nova, Arena Pernambuco e multinacionais como a Sapore.

A POS CONTROLE tem estrutura na Bahia, no Hub Salvador, e em São Paulo, no Cubo Itaú. Além do Brasil, a empresa opera em fase teste em países da América Latina e Europa, e pretende acelerar a internacionalização nos próximos dois anos. Por aqui, seus principais cases são o sistema de ponto de venda de alimentos e bebidas em todas as arenas das Olimpíadas e Paralimpíadas Rio 2016, somando 1.100 PDVs em 3 turnos, com mais de 5 mil operadores de caixa envolvidos no projeto.