A LightHouse, casa de investimentos em venture capital especializada em rodadas seed, lançou um fundo de R$ 100 milhões para apoiar startups nos próximos cinco anos. Batizado de LH Tech Ventures, o veículo de investimento buscará uma carteira de cerca de 20 empresas, com ticket médio de R$ 2,5 milhões, e destinará outros R$ 50 milhões para reinvestimento no próprio portfólio.
Capitaneada pelos sócios Alexandre Darzé, Christian Dunce, Delamare Gurgel, Gustavo Menezes e Moacy Veiga, a Lighthouse foi fundada em 2017, com sede na Bahia. A companhia tem hoje 13 startups no portfólio, de um total de 18 investidas ao longo dos anos. O case mais emblemático é a venda do Kinvo para o BTG Pactual por R$ 72 milhões, anunciada em março de 2021, três anos após o investimento.
“Criamos a LightHouse porque enxergamos uma grande oportunidade de investir no estágio seed. Acreditamos que o mercado de venture capital teria uma concentração no eixo Sudeste e nos posicionamos principalmente nas regiões Norte e Nordeste”, explica Christian, em nota.
“Criamos uma combinação interessante de experiência entre sócios empreendedores no ramo da inovação e executivos com perfil de investimento, e fortalecemos nossa tese com uma rede de 5 hubs proprietários nas regiões Norte e Nordeste, que nos permite ampliar a relação com o ecossistema e garimpar oportunidades.”
O LH Tech Ventures terá como foco investimentos fora da região Sudeste. O intuito é reforçar a tese de apoiar empresas no estágio inicial e originar oportunidades por meio de um ecossistema ancorado por hubs e parceiros. Além disso, a Lighthouse espera atuar com portfólio reduzido e uma gestão mão na massa, e reforçar a crença no mercado de venture capital.
“Participo do mundo de venture capital há mais de 10 anos e acredito que os fundamentos que definem a geração de valor via inovação tecnológica são cada vez mais fortes e definidores de novas dinâmicas econômicas e sociais”, diz Alexandre Darzé. Ele considera o momento atual de menor liquidez como parte de um processo de ajuste e uma questão muito mais conjuntural do que estrutural. “Estamos muito bem posicionados e continuamos com grande apetite para fazer bons investimentos”, pontua.
Para Gustavo Menezes, com o portfólio de startups e rede de hubs, a Lighthouse amplia sua capacidade de avaliar e agregar valor com uma gestão muito próxima do dia a dia das empresas, além de contar com uma grande rede de parceiros estratégicos em benefício das investidas. “Enxergamos que precisávamos dar um próximo passo e pensar numa nova fase. O lançamento do fundo LH Tech Ventures é parte dessa nova fase e vem sendo desenhado desde 2021”, finaliza.