Venture capital

Nascida no Vale do Silício, Flexi busca seed para crescer no Brasil

Startup ajuda empresas a otimizar o atendimento ao cliente pelas redes sociais, principalmente no WhatsApp

Meios de comunicação
Foto: Canva

Um ano depois de desembarcar no Brasil, a startup Flexi já planeja o próximo movimento de sua estratégia. A companhia abriu uma nova rodada de investimentos, com a expectativa de captar um seed de US$ 1,5 milhão ainda este ano.

Fundada em 2020 no Vale do Silício, a Flexi atua na América Latina com mais de 400 clientes entre México, Colômbia, Equador, Peru, Argentina, Uruguai e Brasil. O negócio visa melhorar e otimizar o atendimento ao cliente pelas redes sociais, principalmente o WhatsApp. Para isso, a startup desenvolveu uma solução que centraliza todas as mensagens recebidas no e-mail, Facebook, Instagram, Telegram e outros canais no WhatsApp Business. 

O produto faz parte da FlexiChat, vertical de negócios criada justamente para reunir todos os meios de conversa em um único lugar. Com as soluções, o faturamento da empresa saltou de US$ 15 mil para US$ 80 mil em pouco mais de dois anos. Segundo Franklin Marcelo, CEO e fundador da Flexi, o WhatsApp é hoje o canal mais poderoso para vender e dar suporte ao cliente. A plataforma está instalada em 99% dos smartphones no Brasil (Pesquisa Mensageria no Brasil) e tem mais de 2 bilhões de usuários ativos no mundo (Statista).

No Brasil desde o ano passado, a Flexi atende empresas de diferentes portes incluindo a Latitud e o Grupo Selpe, que atua na atração, seleção, desenvolvimento e tecnologia para Gente e Gestão de corporações como Locaweb, Inter, Stellantis e Gerdau. A nível global, a companhia já opera no break-even, conta com 25 colaboradores e registra cerca de R$ 2 milhões de receita anual recorrente.

Parte da equipe da Flexi no Brasil: João Victor Campos, Franklin Marcelo e Evandro Hirota
Parte da equipe da Flexi no Brasil: João Victor Campos, Franklin Marcelo e Evandro Hirota (Foto: Divulgação)

Em busca de investidores

“A Flexi atua em um mercado gigante, pois todas as empresas precisam se comunicar com os seus clientes. Já fizemos a validação do produto no Brasil e na América Latina, e agora buscamos o investimento para escalar”, afirma o CEO. O executivo já tem cerca de US$ 500 mil de capital comprometido, e espera captar o US$ 1 milhão restante nos quatro próximos meses com fundos latino e norte-americanos.

Os recursos serão utilizados para a contatar vendedores no Brasil e fora, para reforçar a área comercial, além de aumentar o time de suporte ao cliente e aprimorar a tecnologia da plataforma. Para tocar as operações por aqui, a startup contratou Evandro Hirota (ex-Rappi) como country manager, e pretende contratar outros executivos seniores para alcançar novos clientes. “Temos o objetivo de aumentar o ticket médio, passando a atender empresas maiores – e precisamos de pessoas com esse networking”, pontua Franklin.

Desde maio, a sede da Flexi no país fica no Cubo Itaú, hub de inovação e empreendedorismo idealizado pelo Itaú e pelo fundo Redpoint eventures. “A vantagem é que o ambiente é muito colaborativo. Dá para vender aqui mesmo, seja com networking no intervalo do almoço ou no happy hour. Todo mundo respira empreendedorismo e há diversas startups vivendo o mesmo momento que a Flexi, dispostas a fazer o negócio crescer”, finaliza Evandro.