Depois de três anos atuando como investidor anjo, o empreendedor Rodrigo Terron decidiu lançar seu próprio fundo de venture capital, o NewHack. O veículo de R$ 5 milhões foi apresentado ao mercado nesta segunda-feira (16) e tem o objetivo de investir em até 10 startups early-stage até o final de 2025, com cheques de até R$ 500 mil por empresa.
Ex-CEO da Rocketseat e da Shawee, Rodrigo vinha fazendo cerca de três a quatro investimentos por ano como anjo, incluindo em empresas como NG Cash e BeConfident.
“Percebi que sempre que eu entrava como investidor em uma empresa, outros me acompanhavam. Então decidi criar um fundo que dê o primeiro cheque institucional da próxima geração de empreendedores. A ideia é empoderar o founder early-stage”, conta Rodrigo, em entrevista ao Startups.
Com tese agnóstica, o fundo vai olhar para empresas com valuation entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões, que já tenham geração de receita, clientes e um “mínimo de validação do produto”, diz o investidor.
A ideia é fazer o primeiro investimento ainda este ano, e atrair investidores que não estão habituados a investir em startups e querem entrar nesse ecossistema.
“Sempre aprendi a correr atrás desse dinheiro não óbvio. Todo mundo quer entender como negócios diruptivos vão mudar o mundo, e startups são uma classe de ativos que desperta interesse, mas não é tão simples. A ideia é que a gente faça muitos eventos para conectar essas pessoas”, afirma Rodrigo.
Apesar de os cheques do NewHack terem um limite de até R$ 500 mil, Rodrigo aposta na sua rede de contatos com outros investidores para complementar as rodadas em alguns casos, aumentando o valor do aporte.
“Estou olhando para todas as indústrias. Devem surgir muitas empresas de educação, até porque a gente também terá um produto educacional, também somos uma edtech, de certa forma. Mas olharemos para outras áreas também, desde creator economy, até AI para educação, dados para educação. A busca é por uma combinação de founders que vão conseguir executar”, explica.
Além do fundo de venture capital, o NewHack terá um programa de aceleração chamado NewHack Lab, que durante um prazo de três a seis meses ajudará a “dar um 360º na empresa”. A iniciativa dá continuidade ao trabalho que Rodrigo vinha fazendo como advisor, de forma individualizada.
“Parte das empresas que eu sou advisor não são startups. Muitos dos empreendedores estão capitalizados, mas nunca investiram em startups, e querem ter contato com os fundadores, conhecer melhor o mercado”, diz.