A Oxygea, braço de aceleração de startups, venture capital e venture building criado recentemente pela Braskem, não perdeu tempo para anunciar suas primeiras movimentações. Na mesma semana em que revelou seu primeiro negócio da frente de venture building, ela anunciou seis startups selecionadas para seu 1º programa de aceleração.
As startups escolhidas de um total de 324 inscrições serão aceleradas dentro do Oxygea Labs, que tem sua tese de investimentos centrada em sustentabilidade e transformação digital, e cujo processo de aceleração será realizado de julho a novembro.
Segundo destacou a Oxygea em nota, as selecionadas já possuem produto em estágio avançado de validação e apresentam soluções inovadoras para gerar impacto na indústria, com foco em sustentabilidade, economia circular, novos materiais e transformação digital.
As startups escolhidas foram as seguintes, divididas em três categorias: biotecnologia, nanotecnologia e novos materiais; smart factory e futuro da mobilidade; e economia circular.
Na primeira categoria as startups escolhidas foram a Growpack (SP), que trabalha com fontes alternativas para biomateriais usados em embalagens; e BioReset (SP), de polímeros biodegradáveis (PHA) derivados da produção de resíduos industriais.
Na categoria de smart factory e mobilidade, as selecionadas foram Embeddo (RJ), de sensores avançados em computação em dados para processamento de dados; LogShare (SP), SaaS da logística colaborativa por meio de rotas otimizadas com expedidores; e Cognitive (SP), de coleta, processamento e visualização digital usando Edge Computing para fins industriais.
Finalizando a lista, na parte de economia circular, a startup que será acelerada no Oxygea Labs é a IQX (SP), que desenvolve soluções para reciclagem complexa e embalagens multicamadas.
Rede de apoio
As selecionadas terão acesso ao time Oxygea em tecnologia, temas jurídicos, gestão de pessoas, finanças e marketing, bem como acesso à rede Cubo para startups, a uma rede de mentores especializados e ao ecossistema de parcerias Oxygea. Além disso, recebem acompanhamento do time de portfolio da Oxygea e a consultoria de inovação ACE Cortex.
Além disso, em termos de dinheiro (importante, né?), as startups receberão R$ 100 mil durante o processo de aceleração. Ao fim do programa, a Oxygea tem a prerrogativa de investir R$ 1,5 milhão em cada uma das startups escolhidas pelo time de portfólio, por meio de um mútuo conversível em participação societária.
“Esperamos conhecer mais profundamente as oportunidades e desafios de cada startup de forma individualizada. Isso nos permite oferecer o suporte mais adequado para acelerar seu crescimento. Nosso objetivo é que o máximo possível de startups se qualifique para o investimento e impulsione seu crescimento ao final do programa”, afirma Vitor Moreira, Managing Director da Oxygea.
Com o plano de investir R$ 9 milhões na primeira turma do Oxygea Labs, o veículo da Braskem já mostra como pretende colocar em prática seu plano para os próximos anos: investir cerca de US$ 150 milhões em startups de impacto, entrando desde em camadas como a de aceleração early stage, como também em rodadas série A e B.
Na semana passada, a Oxygea anunciou um investimento de US$ 2 milhões para lançar no mercado norte-americano a startup Xtellar, combinando a divisão de materiais 3D da Braskem e a Taulman3D, empresa de materiais alternativos comprada pela Braskem no ano passado.