A PharmEasy, startup indiana que opera como farmácia digital, tem uma meta um tanto ambiciosa para alcançar, principalmente em meio ao inverno do venture capital: levantar cerca de US$ 300 milhões em sua próxima rodada de investimentos. Porém, segundo reportou o TechCrunch, a healthtech reduziu sua avaliação de mercado em 90% para a captação.
Pessoas com familiaridade no assunto afirmaram que alguns dos atuais investidores da PharmEasy estão pressionando os fundadores da empresa a colocá-la à venda. A startup precisaria correr para fechar a rodada para conseguir pagar o seu credor, Goldman Sachs. O banco emprestou cerca de US$ 285 milhões para a startup no ano passado, para que ela pagasse uma dívida e pudesse avançar com a aquisição majoritária da Thyrocare, por mais de US$ 600 milhões.
Considerada uma das maiores farmácias da Índia, a PharmEasy oferece produtos e serviços de saúde e bem-estar, incluindo consultas, testes de diagnóstico e entrega de medicamentos. Em novembro de 2021, a healthtech entrou com um pedido de IPO de US$ 843 milhões, mas adiou os planos.
A API Holdings, empresa controladora da PharmEasy, foi avaliada em US$ 5,6 bilhões em sua mais recente rodada de financiamento, anunciada em outubro de 2021. A healthtech tem entre seus investidores nomes como TPG, Prosus, Temasek, B Capital, Bessemer Venture Partners, Eight Roads Ventures, Steadview Capital e JM Financial.
Segundo o TechCrunch, a startup já estaria buscando um novo aporte há meses, com dificuldades para encontrar um fundo que aceitasse investir por um valuation de US$ 2 bilhões. Se a próxima rodada acontecer nos termos propostos, o valor de mercado da startup vai despencar para algo entre US$ 500 milhões e US$ 600 milhões. Este seria o primeiro grande unicórnio indiano a fazer um downround.