A Viveo, holding de fabricação e distribuição de materiais para a área da saúde, acaba de adquirir 100% da Far.me, startup mineira que oferece serviços de farmácia digital, por um valor não divulgado. As empresas eram parceiras desde 2020, quando a Vimeo injetou um investimento inicial na healthtech por 35% de participação no negócio.
Com atuação na grande São Paulo e em Belo Horizonte, a Far.me opera sob um modelo de assinatura mensal de entrega de medicamentos, que vêm separados por data e hora para facilitar a rotina. Em seu site, a startup afirma ter produzido mais de 20 mil de suas caixinhas e impactado mais de 10 mil vidas desde a sua fundação, há cinco anos.
A proposta é semelhante a da norte-americana PillPack, adquirida pela Amazon em 2018, por US$ 753 milhões. No Brasil, quem vem apostando no modelo é a Pill Farmácia Digital. Em entrevista ao Startups em setembro de 2022, os fundadores Tom Bergstein e Bruno Ramos afirmaram estar olhando para oportunidades de assinaturas e, desde então, a companhia vem focando bastante na compra recorrente de medicamentos e relacionamento de longo-prazo com os pacientes por meio da entrega mensal de medicamentos.
A digitalização dos serviços de saúde foi impulsionada pela pandemia. Embora parte da população ainda busque as lojas físicas do bairro, farmácias e drogarias têm olhado cada vez mais para um modelo de negócio ainda incipiente, mas que pode ganhar força nos próximos anos: dark pharmacy. A ideia é atuar de forma 100% digital, apenas como centro de distribuição de compras online, o que permite encurtar a distância entre as lojas e os clientes, agilizar entregas, reduzir custos operacionais e diminuir o preço final dos produtos.
Notícias Relacionadas
Inteligência artificial
Meta AI chega ao Brasil para competir com o ChatGPT
Companhia de Mark Zuckerberg quer que o assistente de IA seja o mais usado no mundo até o final de 2024, em 43 países
VCs X aceleradoras no Brasil: onde está o gap?
Estudo aponta que 70,5% dos VCs brasileiros, na hora de investir, são indiferentes ao fato de uma startup ser acelerada
Sobre a Viveo
A Viveo é controlada pela DNA Capital, gestora de venture capital especializada no setor de saúde. Em junho de 2021, a DNA montou um fundo específico só para investir na operação da Memed, que oferece soluções de receitas médicas digitais e um marketplace que conecta pacientes a diversas redes de farmácia para a compra online de medicamentos.
Das 20 empresas que formam o portfólio da Viveo, seis vieram de aquisições feitas ao longo de 2022. São elas: Azimute Med, FAMAP, Life, Pro Infusion, Nutrifica e Neve. Segundo a Revista Exame, a máquina de M&A da holding ganhou força com a expansão acelerada das receitas da Viveo. A companhia registrou receita líquida de R$ 2,3 bilhões no 3º trimestre de 2022, um avanço de 57,5% em relação ao mesmo período de 2021.
Com a aquisição da Far.me, as fundadoras Samilla Dornellas, Luciana Farnese e Marina Dias seguem em funções executivas. A liderança da empresa ficará sob responsabilidade de Rafael Mandelbaum, ex-Loggi, Quinto Andar e Groupon, que responderá diretamente ao diretor-presidente da Viveo, Leonardo Byrro. Rafael também vai comandar as operações da Boxifarma, também adquirida pela Viveo.
