Na quinta-feira (12) você leu aqui no Startups sobre o aporte de US$ 110 milhões recebido pela brasileira Dock, que colocou a fintech no tão almejado grupo dos unicórnios latinos. Porém, não foi a única empresa da região a atingir este posto na semana passada. Com uma polpuda captação de US$ 200 milhões, a colombiana Habi também garantiu seu ingresso para a festa dos “chifrudos”.
A proptech levantou uma rodada série C de US$ 200 milhões, liderada pela Homebrew e SoftBank (olha ele aí), tornando-se a primeira proptech latino-americana fora do Brasil (as outras são QuintoAndar e Loft) a atingir o posto. Agora, a turma 2022 de novos unicórnios conta com – além da Habi e Dock – Technisys, Neon e Betterfly.
No total, segundo as nossas contas e de outras plataformas como a Distrito, a América Latina conta com pelo menos 45 unicórnios. Na Colômbia, até a chegada da Habi, apenas outros dois nomes integravam a lista: Rappi e o programa de milhas LifeMiles.
Com presença em 15 cidades na Colômbia e México, a Habi planeja se tornar o maior nome em proptechs no mercado latino-americano que fala espanhol – ou seja, pelo jeito o plano não envolve encarar os unicórnios brasileiros em seu território.
No último ano, depois de uma rodada série B, a startup investiu para reforçar a sua infraestrutura tecnológica e sua base de imóveis e serviços, adicionando soluções como serviços financeiros e marketplace. Com isso, conseguiu em 2021 um crescimento de 20 vezes em sua receita, e já possui mais de mil funcionários.
“Estamos muito animados com o progresso conseguido no curto espaço de tempo desde nossa última rodada”, comemorou a confundadora e CEO Brynne McNulty Rojas em nota à imprensa. Segundo a executiva, a companhia estima atingir um mercado com oportunidades de mais de US$ 2 trilhões em cidades por toda a América Latina.
Se a proptech não divulgou planos de entrar no Brasil para uma batalha com as unicórnios tupiniquins do setor, nos outros países vai ter disputa sim. O QuintoAndar iniciou no final do ano passado sua entrada em cinco países (Argentina, Equador, Panamá, Peru e México), através da aquisição da multinacional Navent, que detém portais de classificados de imóveis na América Latina. A Loft, por sua vez comprou a mexicana TrueHome, corretora digital que compra e vende casas usando ferramentas de comércio eletrônico. A competição também vem de casa, com a La Haus, que ainda não é unicórnio, mas tem avançado em sua terra natal e no México.