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Ways Education migra para o B2B e quer ser referência em empresas ‘family friendly’

Com a mudança estratégica, os 100 usuários fixos da edtech devem saltar para quase 1.000 neste ano

Ways Education migra para o B2B e quer ser referência em empresas ‘family friendly’

Depois de 3 anos atuando diretamente com famílias de Belo Horizonte, a edtech Ways Education decidiu migrar seu modelo de negócio para o B2B, com o objetivo de turbinar seu crescimento em 2022. A plataforma, cujas atividades extracurriculares estimulam o desenvolvimento de competências do futuro em crianças e adolescentes, passa a oferecer aos RHs das empresas de todo o Brasil a possibilidade de se tornarem “family friendly”. 

“O B2C é muito caro e não estávamos capitalizados. Até tínhamos uma procura orgânica legal, mas pra ganhar escala, só mesmo injetando dinheiro”, explicou com exclusividade ao Startups a fundadora e CEO Marina Gontijo. Segundo ela, com a mudança estratégica, os 100 usuários fixos da Ways devem saltar para quase 1.000 neste ano — somando usuários pessoa física e empresas.

De fato, crescer rápido é um dos maiores desafios de startups focadas no B2C. Elas demoram mais tempo para construir uma base de consumidores e, por consequência, monetizar seu negócio. Daí a necessidade de um maior volume de investimento, o que também não é nada fácil.

Perrengues a parte, foi só a edtech virar a chave para o B2B que as coisas começaram a melhorar. No início do ano a startup recebeu um investimento anjo de R$ 300 mil por meio da Criabiz Ventures. A empresa também venceu a edição especial da Batalha das Startups, no Rio Innovation Week, e levou R$ 300 mil em mídia. 

Os investimentos captados foram utilizados no reforço do time para aumentar a capilaridade da ferramenta, que agora mira os departamentos de gestão pessoal para “virar algo indispensável”, conforme pontua Marina. Empresas como Sambatech, U4 Crypto, Vipp Commerce, Framework e Home Agent já apostam na ferramenta. A expectativa é de encerrar o mês com pelo menos 13 empresas atendidas.

“Encerramos 2021 com 90% de nosso público-alvo ainda sendo usuário final. Agora, para este ano, estimamos o contrário, com cerca de 90% da receita oriunda do mercado corporativo”, afirma a CEO.

Marina Gontijo (ao centro), o sócio Thiago Miqueri e a co-fundadora Taísa Botelho/Foto: Divulgação

Cursos da Ways Education

A plataforma da Ways Education permite que as corporações ofereçam às famílias dos colaboradores o acesso a quase 30 cursos focados no desenvolvimento dos desafios do futuro. Cursos de robótica, dança, circo e desenho são algumas das opções disponíveis. 

Para empresas, a mensalidade sai a partir de R$ 39,90 por colaborador (que tenha o perfil parental). Já o usuário pessoa física para a partir de R$ 114,90 para usar a Ways Play, espécie de “Netflix” de atividades. Outros cursos regulares com duração maior de várias modalidades podem ser adquiridos por outros valores.

“Nosso produto não é uma tela passiva, as crianças interagem ao vivo com o professor e com outros alunos, e ainda produzem as atividades propostas em cada aula”, diz Marina, reforçando ainda que a escola tradicional não acompanha a cabeça dos jovens, não os estimula por seus talentos.

Os próximos passos da Ways Education incluem uma rodada de captação para o fim deste ano. Enquanto ela não vem, a startup se prepara para conquistar novos clientes em outubro, mês das crianças. “Queremos fazer com que a procura das empresas pelos nossos cursos na data se transforme em uma recorrência”, finaliza.