Foi pensando em uma dor comum entre vendedores em marketplaces – também conhecidos como sellers – que os tecnólogos e amigos Anderson Cortes e Guilherme Silva fundaram, em 2020, a XCommerce. Eles criaram uma solução para ajudar vendedores na tomada de decisões mais assertivas ao escolher produtos que têm grande potencial de vendas e com boas margens de lucro em plataformas como Mercado Livre e Shopee.
Na prática, a plataforma criada pela startup carioca reúne informações sobre o histórico das vendas de milhares de produtos disponíveis nos principais marketplaces. Atualmente, ela traz dados do histórico de vendas no Mercado Livre, Shopee, Elo7 e AliExpress. Segundo Anderson, fundador e CEO da startup, Magalu e Americanas devem ser incluídos em breve, além de outros marketplaces dos EUA, China e Europa.
“Temos a resposta que vale US$ 1 milhão para os vendedores de marketplaces. Ela se refere a uma dúvida comum a todos os vendedores que desejam montar ou readequar seu portfólio ou mesmo a quem está pensando em criar sua loja virtual: afinal, quais são os produtos mais vendidos nessas plataformas?”, afirma Anderson. “Dessa forma, evita-se investimentos em compras que podem não trazer o resultado esperado”, acrescenta.
Como funciona?
O primeiro passo é escolher um marketplace para a ferramenta pesquisar quais são os itens que mais estão sendo vendidos lá. Em seguida, o aplicativo mostra as categorias de produtos das próprias plataformas. O usuário, então, pode selecionar uma para ver quais são os campeões de vendas ou ainda clicar nas subcategorias para ter um resultado ainda mais específico.
Ao clicar em um determinado item, a ferramenta mostra informações relevantes – atualizadas diariamente – como a quantidade exata de vendas feitas daquele produto pelo anunciante nos últimos 7, 15, 30, 60 e 90 dias; média de vendas por dia, dentro de cada período; histórico de oscilação de preço nos últimos 30 dias; vendas cumulativas por dia nos últimos 15 dias; faturamento do produto; entre outras.
Utilizando tecnologias de análise de dados e algoritmos de machine learning, o app da XCommerce emite mais de 20 relatórios qualitativos e quantitativos, ordenados por uma variedade de filtros como vendas, faturamento, estoque, visualizações, avaliações, concorrência, tendências, etc.
Os relatórios também mostram a média das notas de avaliações dos compradores (quando o marketplace tem essa funcionalidade), o número de avaliações, o link do anúncio, desde quando ele está ativo e até a quantidade em estoque do produto do vendedor/anunciante. Também é possível ver itens com propensão de alta a partir de análises automáticas de desempenho de vendas nos últimos 30 dias. Ou seja, são muitos detalhes ao dispor do usuário.
Tudo isso é ofertado pela startup por uma assinatura mensal (R$ 269) ou anual (R$ 1.199). É possível testar a ferramenta por 7 dias gratuitamente, e cancelar a assinatura dentro deste período de teste sem custos. Além da plataforma dedicada aos sellers, a XCommerce também atende grandes empresas, fornecedores e fabricantes com serviços de consultoria para monitoramento do mercado, por um outro valor.
Próximos passos
Os números obtidos até agora pela startup a motivam a ir mais longe. Mais de 5 mil clientes (2 mil pagantes) já passaram pela plataforma, e sua base conta com mais de 5 milhões de SKUs, ou seja, produtos que foram cadastrados nos marketplaces monitorados. Hoje, a XCommerce tem 400 clientes ativos e vem crescendo 30% ao mês.
Para apoiar seu plano de expansão, a startup recebeu recentemente um aporte de US$ 1 milhão do investidor anjo e empreendedor serial Leonardo Rebitte, também fundador da CAF (Combate à Fraude). “Sempre procuramos por um parceiro para apoiar nosso crescimento constante, não só com dinheiro, mas com uma estrutura e ferramentas que auxiliem nossa expansão”, comenta Anderson.
Com a grana, a startup está ampliando seu time para 20 pessoas e se prepara para levar sua ferramenta a outros países. Com uma demanda de assinantes gigantesca que deve vir com a internacionalização, a XCommerce tem uma projeção animadora de faturar até R$ 50 milhões em 2023.