A aceleradora Y Combinator anunciou que vai injetar mais capital em suas startups: US$ 500 mil para ser mais exato. Isso significa que ela está engordado o cheque em US$ 375 mil, indo além dos tradicionais US$ 125 mil por 7% de participação – que continuam a fazer parte da negociação. O aporte adicional será feito por meio de um mecanismo conhecido como Most Favored Nation (MFN), que é um complemento ao contrato de Safe criado pela Y Combinator. Com o MFN, os termos do acordo vão acompanhar as melhores condições negociadas pela startup em uma rodada de investimento futura.
Com isso, basicamente, a YC garanta para si uma fatia mais relevante das companhias, além de dar a elas a opção de ter mais recursos de largada e se desenvolver por mais tempo antes de levantar uma nova rodada. No frigir dos ovos, startups aceleradas pela YC, que já eram consideradas caras, tendem a ficar mais caras ainda!
“Este é o tipo de acordo que queríamos oferecer há anos. Graças ao recente sucesso das nossas empresas, incluindo 10 IPOs em 2021, agora podemos torná-lo realidade”, afirmou a companhia, em comunicado. Somadas, as empresas da Y Combinator tem um valuation de US$ 400 bilhões. A lista inclui gigantes como Airbnb, Dropbox, Coinbase e Rappi.
Segundo a aceleradora, o novo volume investido permitirá que os fundadores das empresas se concentrem no lançamento, na construção e no posicionamento das startups, removendo a pressão imediata para arrecadar fundos e aceitar termos menos favoráveis para os negócios.
Dalton Caldwell, diretor administrativo, arquiteto e sócio da YC, acrescentou que, caso os negócios continuem enxutos, isso “é capital mais do que suficiente para sobreviver por anos, independente do ambiente econômico”. “Esperamos que este acordo encoraje mais fundadores de qualquer idade, grupos demográficos e localização geográfica a dar o salto para o mundo das startups, se inscrever na YC e construir sua própria empresa de sucesso”, diz o comunicado da empresa.
Adesão latinoamericana
Em agosto, o 33º Demo Day da Y Combinator recebeu 377 startups , das quais 50% vieram de fora dos Estados Unidos, principalmente na com Índia, Reino Unido e México representando a maior parte desse percentual
Do total, 46 empresas eram latinas (mais de 10%), lideradas pelo México (17) e o Brasil (12). Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela também marcaram presença no evento, organizado pela aceleradora para que as empresas se apresentem aos investidores.
Algumas empresas brasileiras já fazem parte do portfólio da Y Combinator. Entre elas, estão a Ahazou, que disponibiliza posts prontos com imagem, texto e hashtags para empresas de diferentes setores, Abstra, ferramenta sem código para empresas criarem aplicativos internos sem precisar contratar desenvolvedores, e a plataforma de Geomarketing e Inteligência Geográfica na nuvem Datlo.