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A pandemia trouxe novos desafios para a nossa saúde mental. No caso dos empreendedores brasileiros, isso não foi diferente.

Com a instabilidade econômica e as incertezas para o mundo dos negócios, cerca de um terço deles (30,13%) começou a fazer acompanhamento psicológico no último ano, de acordo com uma pesquisa da Troposlab, empresa especializada em inovação, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O levantamento ouviu 312 empreendedores de 26 das 27 unidades federativas do Brasil (com exceção de Rondônia), entre junho e outubro de 2021. Do total, mais da metade (53,5%) disse ter sido diagnosticado com ansiedade e 11,22%, com depressão.

Para apoiar o tratamento, mais de um um quarto dos entrevistados (26%) começou a tomar remédios em 2021, ante 16% no ano passado. O início do uso de ansiolíticos (remédios usados para diminuir a ansiedade e a tensão) saltou de 6% para 10% em 1 ano e, de antidepressivos, de 3% para 8%.

A maioria (73,72%) diz considerar o ambiente da pandemia mais incerto em 2021. Por outro lado, 77,89% dizem ter as habilidades necessárias para lidar com os desafios impostos pela crise, afirmação que se mantém semelhante aos dados do ano passado.

Segundo Marina Mendonça, sócia e diretora de cultura e times da Troposlab, em comunicado, há uma conexão direta entre o sofrimento psicológico e a queda da renda dos empreendedores. “Empreendedores que reportam queda na renda também estão classificados com mais frequência com sintomas moderados e severos de ansiedade ou depressão. Em relação ao estresse, pessoas que responderam que tiveram queda na renda também apresentam mais sintomas severos”, explica.

Olhando para as diferenças de gênero, a pesquisa mostra que as mulheres empreendedoras apresentaram maior intensidade de sintomas severos para ansiedade (12,50%) quando comparadas aos homens (2,84%). O mesmo acontece para o estresse (7,35% contra 1,13%) e a depressão (6,61% contra 2,84%).

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