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A 49 educação, aceleradora que atua no desenvolvimento de founders e startups, está ampliando sua atuação no mercado. A companhia, até então focada em educação por meio de seus programas pagos, agora vai começar a investir em startups. A novidade foi anunciada na 5ª edição do Pitch Reverso, evento realizado em janeiro pelo Startups com o apoio da Dell for Startups e do Cubo Itaú.

“Temos um processo de ponta a ponta, do momento em que alguém tem a ideia de empreender e quer tirar a ideia do papel, à construção do MVP, criação da máquina de vendas e busca por investimento”, afirmou Ana Cláudia Plentz, diretora de operações da 49 educação. Para ela, é fundamental olhar para negócios que estão bem no early-stage, porque é no início que é possível identificar alguns pontos e fazer os ajustes necessários para que a jornada do fundador e da startup seja de sucesso.

“É sempre um desafio trabalhar nesse funil. A maioria das startups acaba falhando, e procuramos ajudar o fundador com educação desde o começo, já que a partir do momento que ele recebe o investimento é esperado performance e entrega de indicadores de desempenho”, acrescentou Ana. Ao longo dos seus três anos de atuação, a 49 lançou e tracionou mais de 1.300 startups, que juntas somam mais de R$ 250 milhões em avaliação de mercado.

A aceleração dura 8 semanas. A partir de 2023, as startups que participarem do programa passarão por uma avaliação interna que pode resultar em um aporte da própria 49. O objetivo, segundo Ana, é investir em entre 7 e 10 startups este ano. Além disso, a companhia pode direcionar as startups para investidores parceiros, uma iniciativa em andamento desde a fundação da 49, em 2020. A empresa já gerou dealflow para a Bossanova, Domo Invest, Anjos do Brasil, Raketo, Ventiur, entre outros.

Ana Cláudia Plentz, diretora de operações da 49 educação
Ana Cláudia Plentz, diretora de operações da 49 educação, em sua apresentação no Pitch Reverso (Foto: Startups/YouTube)

Observando o mercado

O processo seletivo da 49 está sempre aberto, já que a empresa lança uma nova turma a cada 2 meses e olha para empresas de diversos segmentos. No portfólio, nomes como a Captei,  de tecnologia para captação de imóveis, a Ottimizza, de automação contábil, e o Mercado Radar, de inteligência para e-commerces e marketplaces.

Para Ana, o mercado de healthtechs também tem muito a ser explorado, especialmente em termos de experiência do cliente. “A partir do momento que a gente se propõe a investir em startups que mudam a vida das pessoas, ter uma solução que resolve um problema, tem um mercado e está escalando, além de impactar, mostra que saúde é um setor grande a ser explorado, e estamos de olho”, disse a executiva.

Se antes a pergunta era quanto o negócio está crescendo, hoje entra em discussão de quanto é a margem. “É claro que há um foco em growth, mas o empreendedor consegue sustentar a empresa durante um tempo?”, questionou Ana.

“Ter planejado o que fazer com o dinheiro captado e acompanhar o processo permitirá que as startups de fato performem e sobrevivam no longo prazo. O investimento em startups reduziu, mas isso foi em grande parte no late-stage. Ainda tem grana nos estágios iniciais, embora o processo seja mais criterioso”, conclui.

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