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Cerca de 88% das empresas brasileiras já desenvolveram ações de open innovation, e as startups são o principal (67%) perfil de parceiros nesses projetos. Essa é a conclusão do estudo O Panorama da inovação Aberta nas Empresas do Brasil, desenvolvido pela Softex com o apoio de Accenture, Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (ANPEI), BR Angels, ACE e outros parceiros.

O estudo ouviu 63 organizações de todos os portes, mercados e regiões do país. As corporações de grande porte representaram 42,9% dos entrevistados, e as micro, pequenas e médias empresas responderam por 19% cada. Dos respondentes, 41,3% são executivos C-level, 23,8% são gerentes ou coordenadores da área de inovação, 15,9% analistas ou assistentes de inovação e 9,5% analistas, coordenadores ou gerentes de outras áreas.

Os resultados indicam que 76% das empresas vêm realizando investimentos em inovação com recursos próprios e 62,5% possuem programa de intraempreendedorismo. A pesquisa revela uma crescente participação e engajamento da alta liderança na estratégia de inovação aberta (89,3%) e que o desenvolvimento de provas de conceito é a principal forma de relacionamento com startups, para 91,9% dos respondentes.

Tendências do setor

O levantamento indica 6 principais tendências para inovação aberta no país nos próximos anos. A primeira delas é o amadurecimento do corporate venture capital. “O CVC é de extrema importância para a vitalidade do ecossistema de inovação pois garante que as startups tenham capacidade de operação e crescimento, retroalimentando o ciclo virtuoso gerador de riqueza exponencial”, diz o relatório.

Também podemos esperar o avanço da adoção da estratégia de fusões e aquisições para alavancagem de negócios; e o corporate venture building como alternativa de concepção de novos negócios. “O CVB passa a figurar como uma alternativa de conceber novos negócios para organizações, tal como uma estratégia de gerar novos mercados e receitas a partir dos recursos e talentos internos”, escreve a Softex.

Outras tendências são a maior participação em hubs de inovação; aposta nas joint ventures e em outros tipos de colaboração entre grandes organizações. Como exemplo, a pesquisa cita a Share Now, joint ventures de carros elétricos criada entre a BMW e a Mercedes.

Por fim, a pesquisa destaca a adoção de processos internos de governança e compliance para impulsionar a inovação aberta. “Contratos e relações comerciais vão sendo flexibilizados, autorização e abertura a novos sistemas vão sendo feitos pela equipe de tecnologia e a organização vai deixando de ver as startups e demais parceiros externos como “corpos estranhos ameaçadores.”

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