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A Associação Brasileira de Startups (Abstartups) está reforçando sua atuação no mercado das AgFoodtechs, startups que desenvolvem soluções para o agronegócio e o setor alimentício. A entidade anunciou hoje (12) o lançamento do Comitê AgFoodtech, com o objetivo de potencializar as startups do setor.

Inicialmente, o comitê será formado por 10 startups, cujos nomes ainda são mantidos em segredo. Elas participarão de reuniões semanais para identificar os desafios e traçar estratégias para o crescimento do ecossistema no Brasil. “Queremos dar visibilidade para essas empresas e promover mais conexões entre elas, já que muitas possuem sinergias e uma pode consumir o serviço da outra”, afirma um dos líderes do comitê, Francisco Lúcio, fundador e diretor de operações da agfintech E-ctare

Segundo o executivo, o comitê fará diversas ações para dar maior visibilidade às empresas no mercado brasileiro e nos rankings internacionais. Entre elas, dará acesso a rede de investidores parceiros, potenciais clientes e corporações do setor, participação em eventos e webnars e produção de conteúdo com os players do mercado. 

“O go-to-market é uma das principais estratégias para as startups crescerem. Por isso, um dos pilares do comitê é ajudar as empresas nesse processo, com iniciativas para que elas se linkem com o mercado”, diz Alain Marques, que cofundou a aceleradora Agventure Hub e hoje lidera o comitê ao lado de Francisco.

Para participar do comitê, as startups precisam ser Associadas Growth da Abstartups, o que hoje custa R$ 399 por ano. Ao se cadastrarem, as empresas passam pela curadoria de Francisco, Alain e suas equipes, que buscam empresas com tecnologia de ponta que querem somar forças com outros empreendedores para apoiar o crescimento do setor. “O objetivo é que a gente traga o maior número possível de AgFoodtechs brasileiras e que atuam no país”, pontua Alain.

Em comunicado, o diretor-executivo da Abstartups, Luiz Othero, diz não restarem dúvidas de que o futuro do agronegócio está totalmente atrelado à tecnologia. “Esse é o melhor caminho para a verticalização da produção e garantir a escalabilidade das produções. Com um comitê totalmente focado em levar informações importantes para o setor, a ideia chegará ao máximo de pessoas possível”, comenta. Esse é o 4º comitê criado pela entidade, juntando-se aos grupos de Educação, Fintech e Corporativo.

Mercado em crescimento

As AgFoodtechs receberam um recorde de quase US$ 52 bilhões em investimentos globais em 2021, de acordo com a última edição do Relatório Anual de Investimento da AgFunder. O volume representa um salto de 85% em relação aos US$ 27,8 bilhões captados em 2020. 

Segundo o levantamento, os Estados Unidos seguem como o maior mercado do mundo para investimento nessas empresas, somando 41% do capital investido e 34% dos deals (foram 1.062 rodadas na região). No entanto, o Brasil tem apresentado um crescimento importante, chegando ao 6º lugar no ranking de países que mais investem no setor, movimentando US$ 1,3 bilhão em 102 ronds.

“A conectividade ainda é um problema para o setor no Brasil, principalmente no campo”, afirma Francisco, da agfintech E-ctare. O executivo acredita que nos próximos anos o cenário esteja mais favorável para as AgFoodTechs principalmente com o avanço do 5G, que estreou no país na última semana. “Será um ponto-chave para levar conectividade ao campo. O produtor rural está começando a usar a tecnologia, e tendo a importância disso para os negócios”, conclui.

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