Negócios

Aceleradora brasileira debate indústria de cannabis na ONU

A The Green Hub vai liderar a comitiva da América Latina em encontro de líderes globais do setor

Aceleradora brasileira debate indústria de cannabis na ONU

A The Green Hub, plataforma e aceleradora brasileira com foco nos negócios voltados à indústria da cannabis, vai liderar a comitiva da América Latina em encontro de líderes globais do setor. Batizado de Regenerative Cannabis Live, o evento acontece dia 5 de maio, na sede da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, e visa debater os impactos e desafios econômicos, sociais e ambientais do mercado no avanço da agenda de meio ambiente, social e governança (ESG).

O convite para palestrar nos Estados Unidos chega em momento estratégico para a aceleradora. Conforme adiantado pelo Startups, a empresa tem planos de iniciar um roadshow para uma Série B nos EUA em maio. Com o caixa reforçado, o plano é continuar a ajudar suas investidas com capital intelectual, serviços e relacionamentos. Hoje, a The Green Hub conta com 12 startups em seu portfólio, ativas em diversos segmentos da cannabis medicinal e industrial.

Alex Lucena, sócio e diretor de inovação da aceleradora, tem presença confirmada no fórum, organizado pela consultoria Regennabis. Também participam o brasileiro Misael Silva, líder do ecossistema de inovação para a América Latina da empresa de biotecnologia Merck Life Science, e o argentino Gastón Morales, presidente da Cannava, de produção de derivados medicinais de cannabis no país. Marcelo Demp, presidente da Câmara de Cânhamo Industrial, do Paraguai, e Patrícia Villela Marino, cofundadora e presidente do Instituto Humanitas 360, reforçam o time de painelistas.

O mercado global de cannabis legal pode deve movimentar US$ 55,3 bilhões até 2024, de acordo o relatório Cannabis – Pesquisa, Inovação e Tendências de Mercado, lançado pela The Green Hub, com dados da Clarivate Analytics e Derwent. O setor, afirma Alex, está diretamente conectado com os pilares de sustentabilidade.

“Nós costumamos brincar que o ESG é como uma tatuagem na indústria da cannabis”, diz o executivo. “A nossa indústria já nasceu naturalmente mais plural, inclusiva e com uma preocupação forte em relação às questões ambientais.” Segundo a The Green Hub, dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU como metas para 2030, 15 têm relação direta com a cannabis.