fbpx
Compartilhe

A startup de delivery de itens de mercado em 15 minutos Daki se juntou à lista de unicórnios que tiveram que enxugar a folha de pagamento em meio à instabilidade macroeconômica e austeridade no mundo de investimentos de venture capital.

Segundo apurou o Startups, a empresa demitiu 119 pessoas entre janeiro e junho, sendo que a grande maioria – 100 colaboradores – trabalhava nas dark stores. Estas demissões, que a startup diz não estarem relacionadas a uma reestruturação, fizeram parte de um primeiro ciclo de avaliação de desempenho semestral. Isso aconteceu em três momentos, com toda a força de trabalho em 11 cidades.

A última rodada de desligamentos afetou 16 pessoas da área corporativa, na última sexta-feira. Em nota, o CEO e co-fundador da empresa, Rafael Vasto, descreveu o movimento mais recente como “pequenos ajustes pontuais de algumas posições”, que levam em consideração o contexto atual e aprendizados da empresa em pouco mais de um ano de operação.

“Este movimento não impacta em nossa operação, e reforça o objetivo de manter a melhor experiência de consumo dos nossos usuários através de um modelo inovador de compras online, referência em tecnologia”, diz o empreendedor.

Além disso, a empresa reafirmou seu compromisso com o plano de crescimento para o Brasil, e detalhou o headcount atual: 250 funcionários no escritório, e 600 em operações. Segundo Vasto, o plano da empresa é encerrar dezembro com uma folha de aproximadamente 1 mil colaboradores.

A empresa de delivery ultrarrápido é a startup que ascendeu mais rapidamente ao status de unicórnio no Brasil. Em 10 meses, a empresa saiu do zero e chegou ao valor de mercado de US$ 1,2 bilhão, depois de receber um cheque de US$ 260 milhões em dezembro de 2021.

As demissões surgem pouco mais de 2 semanas depois de a JOKR, que opera como Daki na América Latina, anunciar o encerramento de suas operações nos Estados Unidos para focar nos mercados latinos. A companhia fazia entregas nas cidades de Boston e Nova York – onde ficava sua sede.

As operações na América do Norte incluiam uma rede de 9 centros de micro-atendimento, de acordo com a Bloomberg. Como parte da reestruturação, a empresa cortou cerca de 50 funcionários de seus 950 colaboradores em todo o mundo. À época, a companhia decidiu manter a marca JOKR para os outros países na América Latina e ficar com Daki só no Brasil.

LEIA MAIS