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Já ouviu falar do conceito de pós-saúde? Pois é, nem a gente. Mas este é o termo que a Amar Assist utiliza para repaginar os serviços de assistência funerária, utilizando tecnologia como o fio condutor desta modernização. Para expandir esta proposta, a insurtech está iniciando negociações para uma rodada série A em breve.

“Temos um modelo um pouco atípico de negócios, ainda mais pelo aspecto digital”, explica Bruno Gallo, fundador e CEO da Amar. Hoje a empresa possui cerca de 110 mil contratos ativos de assistência funerária, e uma rede com cerca de 3 mil funerárias, que segundo Bruno, representa uma cobertura que abrange todo o país.

Os planos da insurtech não são modestos. A empresa quer chegar a 2025 com cerca de 500 mil vidas atendidas. Além disso, para sua rodada série A, a Amar Assist tem a meta de levantar algo em torno de US$ 20 milhões. “Nossa meta é fechar a rodada até o fim do ano”, dispara o CEO, acreditando no pitch de sua empresa mesmo em um cenário pouco favorável para investimentos.

Conforme relata Bruno, alguns fundos já estão na expectativa de sentar à mesa para iniciar conversas. A Amar não é uma novata no venture: em 2017, recebeu um aporte seed de valor não aberto da Duxx Investimentos, com foco em crescimento de base, marketing de performance, automação de processos e qualificar o time de gestão de contratos.

O uso de recursos com a futura rodada não chega a ser nenhuma surpresa para uma scale-up, sendo que tecnologia e marketing serão os focos principais. A empresa pretende usar o aporte para acelerar suas estratégias digitais de aquisição de clientes e também na ampliação de sua plataforma para incluir produtos que funcionem como “portas de entrada” para seu carro-chefe: as assistências funerárias.

Bruno Gallo CEO Amar Assist
Bruno Gallo, fundador e CEO da Amar Assist (Foto: Divulgação)

“Com a rodada seed, criamos no app um seguro de vida gratuito que funciona por 12 meses, como um gatilho de atração, e por ali começamos a impactar nossos leads para o serviço de pós-saúde via push”, explica Bruno. “Para a nova captação não será diferente, mas com o foco na validação de novos modelos e soluções. Queremos chegar numa proporção 80% de clientes de assistência funerária e 20% outros serviços, como planos de vida familiares, por exemplo”, completa.

Mais conversão

A missão da Amar Assist a partir do aporte é passar a ter estratégias mais precisas, atingindo uma base maior de usuários e obtendo mais informações via app para converter clientes com menor custo. “Hoje o custo de aquisição (CAC) é cada vez mais alto. O foco é ter mais qualidade e depender menos do Google ou Facebook na hora de trabalhar os leads”, avalia o CEO.

Mesmo com os desafios, Bruno afirma que há um grande público interessado no que a insurtech tem a oferecer. A empresa registra um crescimento de 50% ao ano de forma orgânica, focado no B2C digital. Mesmo assim, o executivo vê que o potencial do mercado ainda é pouco explorado.

“O Brasil ainda tem um número muito baixo de pessoas protegidas por coberturas de funeral e isso pode ser atribuído a um desconhecimento sobre os serviços sob o modelo preventivo e à falta de tecnologia imposta até então. Várias famílias se veem vulneráveis em caso de fatalidade do chefe ou da chefe de família, por exemplo”, explica.

Para o futuro, a companhia espera se consolidar como o nome de preferência quando o assunto for assistência funerária no país. Não é assunto dos mais agradáveis de se pensar, mas segundo Bruno, é algo natural que já ocorre há muito tempo. “Seguro enterro já é algo que muita funerária faz em sua cidade. O que fizemos foi trazer isso para o digital e tirarmos o custo e riscos da gestão das mãos das funerárias”, finaliza o CEO.

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