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Depois de levantar em janeiro uma rodada seed de R$ 13 milhões, a Tecnofit resolveu apostar em inovação. A startup curitibana que desenvolve soluções de gestão para academias colocou R$ 4 milhões em um setor dedicado a esta frente e à criação de novos projetos.

Com a nova divisão, a empresa planeja atuar em disrupções no seu core business, mas para também explorar novas direções para o portfólio da companhia, incluindo tecnologias como blockchain, NFTs, serviços financeiros e outros. O responsável por tocar a iniciativa é o head de inovação Fellipe Mattos, investidor e sócio desde 2017, que até agora atuava como COO da startup.

“Temos observado algumas verticais de mercado, tanto as voltadas para área de aplicativos, plataformas de ensino e também blockchain, em especial, a Web3. Acreditamos que algumas dessas iniciativas tem um grande potencial de receita e até mesmo de transformar o futuro do negócio, mas nosso objetivo e propósito tornar o mundo mais saudável através de uma plataforma de saúde e bem estar, na qual o sistema de gestão será uma das verticais de atuação, mas não a única”, ressaltou o executivo para o Startups.

Fellipe Mattos, head de inovação da Tecnofit

O setor de inovação iniciou suas atividades em janeiro deste ano, com quatro profissionais tocando os projetos, mas somente agora anunciou seu primeiro produto. É o Fit Token, desenvolvido em parceria com a startup especializada em tokenização Liqi, e a fintech de pagamentos PagCartão. Com a solução, o objetivo é permitir aos usuários da plataforma fazer antecipação de recebíveis por meio de blockchain.

Conforme explica o head de inovação, sempre que um novo aluno se cadastra na academia parceira e realiza o pagamento de suas mensalidades por meio do cartão de crédito, novos recebíveis são gerados à academia. Neste cenário, a Tecnofit irá adquirir estes recebíveis e pagar os valores antecipadamente. Além disso, a empresa irá transformar estes recebíveis em tokens, possibilitando com que os interessados possam participar dos rendimentos desta operação.

Parcerias para inovar

Como foi no caso do Fit Token, parcerias serão algo constante no roadmap da divisão de inovação da Tecnofit. “Realizar parceria com outras startups de outros segmentos e que também estão revolucionando o mercado que atuam é um dos objetivos. A Liqi é uma parceira que possuí conexões com fundos de investimento em comum, o que contribui muito para o sucesso dessa relação”, avalia Fellipe.

A Liqi, por exemplo, conta com investidores como o Kinea, gestora de private equity do Itaú que gerencia o fundo de corporate venture capital do banco. A startup de tokenização de ativos em blockchain levantou R$ 27,5 milhões em uma rodada em janeiro deste ano. Um detalhe curioso: ao contrário do que alguns imaginaram, e mesmo com a expertise da startup na área, a Liqi não chegou a participar da criação da plataforma de tokenização lançada pelo Itaú esta semana.

Fundada em 2016, a Tecnofit atende cerca de 5 mil clientes com sua plataforma SaaS de gestão para academias. Segundo dados do CEO Antonio Maganhotte Junior, a companhia registra um crescimento de 2 vezes ao ano.

Em setembro do ano passado, a startup levantou R$ 13 milhões em uma rodada seed liderada pelo fundo Honey Island Capital, criado pelos fundadores do unicórnio (e conterrâneo de Curitiba) EBANX.

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