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O Arco Capital, search fund criado para adquirir empresas de médio porte no Brasil, acaba de anunciar a compra da Agger, companhia de gestão para corretoras de seguros, por um valor não revelado. Gabriel Ronacher, gerente da Arco Capital, assume como diretor-executivo da Agger.

A Agger surgiu no mercado há 27 anos, com o objetivo de levar maior praticidade e eficiência ao dia a dia dos corretores de seguros. Ela oferece uma plataforma para fazer cotações e assinaturas eletrônicas, agilizar os cálculos, integrar PDFs, controlar apólices e comissões, entre outros. Como diferencial, ela efetua cotações de 12 ramos diferentes de seguros.

“Ficamos impressionados com como os clientes da área são apaixonados pelo produto da Agger, que trabalha para simplificar a comunicação entre o corretor e a seguradora”, diz Gabriel. “Não é à toa que a empresa dobrou o faturamento nos últimos 3 anos e vem se destacando no mercado” A Agger atende mais de 6.500 corretoras e 40 mil usuários no Brasil e opera mais de 18 milhões de cotações de seguros mensais.

Segundo o executivo, a integração com o Arco – formado por executivos conhecidos no cenário nacional como Raphael Klein (Kviv Ventures), Guilherme Bonifácio (cofundador do iFood) e Diego Libanio (cofundador do Zé Delivery) e investidores internacionais especializados no mercado de tecnologia e de seguros dos EUA – vai ajudar a Agger a dar continuidade à sua expansão. A projeção é alcançar a marca de 60 mil usuários até 2024.

“Nosso grupo de investidores e parceiros traz a expertise de olhar para o negócio, a tecnologia e o mercado segurador como um todo”, considera Gabriel. A Arco é formada por um grupo de 15 investidores nacionais e internacionais, que incluem a gestora de fundos Spectra Investments, AI Global, o norte-americano T3 Ventures e o fundo espanhol de venture capital e private equity JB46.

Por que investir na área de seguros?

Gabriel chama atenção para o fato de esse ser um mercado recession proof (que continua operando com sucesso mesmo durante crises e tempos econômicos difíceis). “O mercado continuou crescendo, o número de corretores segue aumentando e, mesmo com as novas insurtechs, ainda há um potencial de crescimento gigantesco no setor”. 

Ele destaca, ainda, que, como muitos mercados altamente regulados, o mercado de seguro acabou ficando um pouco para trás no processo de digitalização. “O que a Agger fez foi trazer os corretores para as novas tecnologias, automatizando a maior parte das tarefas e liberando tempo no trabalho para eles atenderem o cliente final.”

Gabriel afirma que, do lado da Arco, o objetivo é continuar aprimorando os produtos, em linha com as principais tendências do mercado. “No caso de seguros, espera-se que o corretor se torne cada vez mais independente, com a possibilidade de trabalhar sozinho e dar mais atenção ao cliente final sem gastar tanto tempo com os processos burocráticos”, afirma.

Da esquerda para a direita: André Marques (diretor de operações) Gabriel Ronacher (diretor-executivo) e Leonardo Xavier (diretor de tecnologia)

A partir de agora

Com a aquisição, a marca quer consolidar sua posição de principal parceira dos corretores e expandir a atuação no país e no exterior. Direcionando seus investimentos para as áreas de produtos, tecnologia e atendimento, a expectativa é ganhar ainda mais força no mercado. 

A equipe de gestão da Agger continuará envolvida na empresa. André Marques, chefe de administrações, passa a exercer a posição de diretor de operações, e o consultor Leonardo Xavier entra como diretor de tecnologia. “Os fundadores ficam mais um tempo na empresa fazendo um período de transição, definido com base em algumas metas estabelecidas internamente. Não vamos divulgar detalhes da transação, mas a Arco agora é dona da Agger, e toma todas as decisões da companhia”, diz Gabriel.

Como diretor-executivo, ele diz que chega com a missão de ajudar a empresa, com sede em Rio Claro, interior de São Paulo, a ganhar robustez e se desenvolver a nível nacional e internacional. “São diversos pontos de atuação, com foco em estabelecer e profissionalizar todos os processos internos da companhia e estender nossos laços no Brasil e fora dele”, explica.

Para apoiar esse processo, a entrada do fundo de investimento fará com que a Agger expanda o quadro de funcionários. O número de novas contratações não foi revelado. A expectativa é dobrar o tamanho das operações em até 3 anos.

Gabriel garante que a Arco vai manter os principais pilares da Agger, no ponto de vista técnico e comercial. “Transparência e proximidade com os clientes são fundamentais. Eles adoram o software, e isso acontece porque a Agger escuta os clientes, para entender o que eles precisam”, diz. Ele destaca que ter os antigos colaboradores da Agger por perto ajudará a manter o legado do negócio.

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